Madri, a comunidade com os menores tempos de espera para uma operação de anginas

A média nacional de demora para esta intervenção é de 127 dias. Madri, com 61 dias, é a comunidade autónoma na que menos há que esperar para uma intervenção de anginas ou vegetações

Un médico examina a un paciente
Un médico examina a un paciente

Em Espanha realizam-se entre 25.000 e 29.000 operações de adenoamigdalectomía (termo médico para a operação de anginas) ao ano, sendo uma das intervenções mais comuns em Otorrinolaringología. Uma cirurgia que se prescreve, não só por amigdalitis recorrentes, sina também por hipertrofia de adenoides ou amígdalas, problemas respiratórios, ronquidos e dificuldades de sonho, condições que afectam a uma percentagem significativa da população.

Ainda que trata-se de uma cirurgia de baixa complexidade, e com um posoperatorio geralmente rápido, sua alta demanda faz que os tempos de espera para esta intervenção sejam uma indicador chave para medir a agilidad do sistema sanitário.

Madri, 66 dias por embaixo da média nacional

Segundo os últimos dados do SERMAS (Serviço Madrileno de Saúde) correspondentes ao mês de agosto, Madri é a comunidade espanhola onde menos há que esperar para se operar de anginas ou vegetações. Com uma média de 61 dias, a região situa-se 66 dias por embaixo dos 127 dias que marca a média nacional. Ademais, alguns hospitais madrilenos conseguem baixar os tempos de espera de maneira significativa, reduzindo tanto a média nacional como a autonómica.

Dos médicos en un hospital / FREEPIK - stefamerpik
Dois médicos num hospital / FREEPIK - stefamerpik

No grupo dos grandes hospitais de referência madrilenos, a Fundação Jiménez Díaz (FJD) destaca como o mais ágil, com 32,89 dias de demora média, mais de 94 dias por embaixo do dado estatal. Seguem-lhe o Clínico San Carlos, com 55,35 dias; A Princesa, 66,77; e o 12 de Outubro, 67,88. La Paz chega aos 70 dias (70,9); o Gregorio Marañón atinge quase os 80 (78,98). O Ramón e Cajal roza os 90 dias (89,48) e o Porta de Ferro Majadahonda, fecha a lista deste grupo com 96,78 dias de espera. Ainda que todos eles, inclusive o que mais demora apresenta, melhoram com clareza a média nacional de 127 dias.

Os hospitais em media complexidade, ao atender um menor volume de pacientes, podem oferecer melhores cifras. O caso mais llamativo é o do Hospital Universitário Geral de Villalba, onde a espera se reduz praticamente a zero, com tão só 4,5 dias. Também apresentam bons resultados o Rei Juan Carlos (28, 27 dias); o Hospital de Fuenlabrada (35,48); e o Gómez Ulla (40,76 dias). A Fundação Alcorcón e o Hospital de Móstoles rondam os 50 dias (52,27 e 54,91 dias, respectivamente); enquanto outros como o Hospital de Torrejón, o Hospital Infanta Sofía, o de Getafe ou o Severo Ochoa se mantêm na forquilha de 56 a 64 dias. Centros como o Príncipe de Astúrias e o Menino Jesús superam os 70 dias de espera. Em último lugar, o Infanta Leonor regista o maior atraso dos de seu grupo, com 94,45 dias.

Entre os hospitais de baixa complexidade, o que menor demora apresenta para uma operação de anginas é o Hospital Universitário Infanta Elena (7 dias); seguido do Universitário do Henares (41,5). Outros, como o do Tajo, o Infanta Cristina ou o do Sudeste, superam os dois meses em media (69 dias, 77 e 88,2 dias respectivamente), ainda que todos se situam igualmente por embaixo da média nacional.

Hospital Clínico San Carlos / EUROPA PRESS
Hospital Clínico San Carlos / EUROPA PRESS

A agilidad do sistema madrileno

A liderança de Madri tem uma tradução direta na experiência dos pacientes. Poder submeter a uma operação de anginas em dois meses em media, em frente aos mais de quatro que se esperam em outras comunidades, supõe uma notável melhora em qualidade de vida. Não se trata de uma intervenção urgente, mas sim de uma cirurgia que evita infecções recorrentes, dores crónicas de garganta ou problemas respiratórios em meninos e adultos. Neste contexto, a agilidad do sistema madrileno demonstra que é possível reduzir de forma significativa umas listas de espera que em boa parte do país seguem sendo uma matéria pendente.

A Comunidade dêem Madri tem aumentado a atenção quirúrgica nos últimos anos para enfrentar a demanda, com dezenas de milhares de intervenções anuais na rede sanitária pública. Segundo os últimos dados do Sistema de Informação de Listas de Espera (SISLE), Madri (junto com o País Basco) apresenta a taxa mais baixa de pacientes em lista de espera pela cada 1.000 habitantes para operações do país, com 10,41 por 1.000, o que evidência uma gestão eficiente que se traduz em melhores resultados para os pacientes e numa significativa redução das demoras em operações frequentes como a adenoamigdalectomía.