A Comunidade de Madri reduz sua lista de espera em mais de 50.000 pacientes em só um mês
As listas de espera baixaram em junho em Madri, tanto em volume como em demora média. Com este descenso, a previdência madrilena consegue reduzir a barreira do milhão de pacientes

A previdência pública da Comunidade de Madri (CAM) registou em junho um descenso significativo no número de pacientes pendentes de receber atenção sanitária. Segundo os últimos dados do SERMAS, 52.851 pessoas saíram das listas de espera estruturais, passando de 1.000.152 em maio a 947.301 em junho. Um dado que rompe o simbólico teto do milhão de pacientes em lista de espera. A redução produziu-se, ademais, nas três grandes áreas asistenciales: intervenções quirúrgicas, consultas externas e provas diagnósticas, o que supõe um avanço relevante num contexto marcado pelo aumento da pressão asistencial.
Por categorias, a lista de espera quirúrgica (LEQ) diminuiu em mais de 5.400 pacientes, ao baixar de 76.848 pessoas em maio a 71.416 em junho. Também se reduziu ligeiramente a demora média estrutural para operações, que baixou de 49,49 a 48,72 dias, consolidando uma tendência de melhora. Esta cifra indica que, em media, uma paciente espera menos de 50 dias para ser intervindo, uma ombreira conceituada aceitável na gestão hospitalaria, segundo os objectivos internos do Serviço Madrileno de Saúde.
Com 48 dias de espera média para intervenções quirúrgicas a CAM situa-se 76 dias por embaixo da média nacional que ascende a 126 dias, sendo uma das comunidades com menor demora de toda Espanha para operações, segundo os últimos dados do Sistema de Listas de espera (SISLE). Uma posição destacada que se deve, em parte, à gestão de sua rede hospitalaria cuja eficiência contribui de forma decisiva a reduzir os tempos de espera e melhorar o acesso dos pacientes à atenção quirúrgica.

Consultas externas: o área com maior volume melhora suas cifras
Segundo os dados do SERMAS, a melhora mais abultada durante o mês de junho produziu-se em consultas externas, onde a lista de espera se reduziu em quase 32.000 pessoas (de 733.371 em maio a 701.476 em junho). Um avanço especialmente importante, já que as primeiras consultas com o especialista são o primeiro passo para o diagnóstico e tratamento de múltiplas patologias. Ainda que trata-se do parâmetro com maior número de pacientes em espera, também conseguiu em junho reduzir levemente a demora média, que passou de 63,27 dias em maio a 63,04 em junho.
Segundo os últimos dados do Sistema de Informação sobre Listas de Espera (SISLE), conseguir uma cita com o especialista em Espanha leva tempo. A fechamento de 2024, a média nacional foi de 105 dias. Madri situa-se 42 dias por embaixo desta média, apesar de ser, segundo o SISLE, a comunidade com maior pressão asistencial do país: 121,37 pessoas em lista de espera pela cada mil habitantes.
Provas diagnósticas: 15.500 pacientes menos
As provas diagnósticas também experimentaram uma melhoria em junho em termos de volume, com uma redução a mais de 15.000 pacientes em espera (de 189.933 em maio a 174.409 em junho). Não obstante, demora-a média tem registou neste apartado um leve repunte, subindo de 59,85 dias em maio a 60,91 dias em junho.
Desde a Consejería de Previdência destacam que estes resultados respondem à posta em marcha de planos de melhora da eficiência asistencial, a reordenação de agendas e a ampliação de horários em alguns centros, entre outras medidas. O importante descenso de junho supõe um sinal positivo de avanço num dos principais reptos dos sistemas públicos de saúde: reduzir os tempos de espera.