Cirurgia Plástica Reparadora, a especialidad quirúrgica com mais demora do Estado
Um paciente em Espanha deve esperar 258 dias em media para aceder a uma operação de cirurgia plástica e reparadora. Em Madri a espera reduz-se a 54 dias, sendo a comunidade com menor demora nacional para esta intervención3

Operar-se em Espanha leva seu tempo. Mais especificamente, segundo os últimos dados do Sistema de Informação sobre Listas de Espera (SISLE), correspondentes ao fechamento de 2024, a espera média situa-se em 126 dias. Em certas especialidades, ademais, o tempo incrementa-se consideravelmente, e inclusive em alguma duplica-se. É o caso de Cirurgia Plástica Reparadora, o área quirúrgica com maior tempo de espera do país: 258 dias em media.
A especialidad de Cirurgia Plástica Reparadora encarrega-se de restaurar, reconstruir ou melhorar a função e a aparência de estruturas corporales afectadas por malformaciones congénitas, traumatismos, queimaduras, intervenções oncológicas ou doenças degenerativas. Não se trata de uma simples cirurgia estética, sina que abarca intervenções como a reconstrução mamaria depois de um cancro, o reparo de nervos e tendones, ou a correcção de secuelas faciais depois de um acidente, que têm um profundo impacto funcional, psicológico e sócial na vida do paciente.
Grandes diferenças entre Comunidades Autónomas
Ainda que a média nacional para aceder a uma cirurgia plástica reparadora é de 258 dias, os tempos variam consideravelmente entre comunidades. A Comunidade de Madri (CAM), com 54 dias de espera média, é a região com menor demora para esta intervenção. Seguem-lhe A Rioja (68 dias), Galiza (72), Astúrias (78), e Baleares (80). O resto de comunidades autónomas supera os 100 dias de demora média, sendo Andaluzia a que mais acumula, com 492 dias, seguida de Cantabria (390) e Aragón (300). Também superam os 200 dias Cataluña (228) e Canárias (222).

A boa gestão de alguns dos hospitais madrilenos faz que a média da CAM se reduza ainda mais. É o caso da Fundação Jiménez Díaz onde é possível aceder a uma cirurgia plástica em 28,36 dias (quase 229 dias menos que a média nacional); o Hospital dA Princesa, 36,47dias; ou no Gregorio Marañón, 43,93 dias. No resto de centros de alta complexidade, a espera também se situa muito por embaixo da média nacional. No Hospital Universitário Ramón e Cajal é de 44,31 dias; em La Paz, 58,85; no 12 de Outubro, 62,17; no Hospital Clínico San Carlos, 82,04; e no Porta de Ferro Majadahonda, 85,49 dias.
Em general, os hospitais em media complexidade (Grupo 2) não dispõem de serviços de cirurgia plástica e reparadora, já que esta especialidad se concentra principalmente em centros de alta complexidade (Grupo 1). Alguns hospitais de nível médio derivam a seus pacientes a estes centros de referência para realizar este tipo de intervenções. Ainda que há excepções, certos hospitais do Grupo 2 sim realizam procedimentos de cirurgia plástica, ainda que geralmente de menor complexidade. Nestes casos, os tempos de espera variam notavelmente: 7 dias no Hospital Universitário Rei Juan Carlos; 7,6, no Hospital Universitário Geral de Villalba; 34,3, no Hospital Central da Defesa Gómez Ulla; 61,2, no Hospital Infantil Universitário Menino Jesús; 65,8, no Hospital Universitário de Getafe; e 102,8, no Hospital Universitário Príncipe de Astúrias.
Madri, uma gestão eficaz ante a alta demanda quirúrgica
Os tempos reduzidos de espera na Comunidade de Madri para Cirurgia Plástica Reparadora estendem-se também a outras especialidades que apresentam uma alta saturação a nível nacional, onde Madri destaca por suas cifras competitivas. Depois da Cirurgia Plástica Reparadora, as especialidades com maiores tempos de espera no conjunto do país são: Neurocirugía, com 191 dias; Angiología e Cirurgia Vascular, com 160; e Traumatología, com 141 dias. Em contraste, Madri regista uma espera média de 56 dias para Neurocirugía (135 dias menos que a média nacional), 54 pára Angiología e Cirurgia Vascular (106 dias menos) e 52 pára Traumatología (89 dias menos).
Com uma espera média de 48 dias para todo o tipo de intervenções quirúrgicas, a CAM situa-se 76 dias por embaixo da média nacional, que ascende a 126 dias, e se posiciona como uma das regiões com menor demora de toda Espanha, segundo os últimos dados do SISLE. Uma posição destacada, tendo em conta que é a comunidade com maior demanda asistencial do país. O sistema sanitário madrileno apoia-se na eficiência de sua rede hospitalaria, que contribui de forma decisiva a reduzir os tempos de espera e a melhorar o acesso dos pacientes à atenção quirúrgica.