Dados oficiais: estes são os espanhóis que mais dinheiro investem em comer em casa
Nos carritos de compra-a aumenta a presença da carne (+2,4%) e retrocede a de produtos pesqueiros (-3,7%)

Há momentos para tudo: para cenar um revuelto ou uma salada rápida e para comprar no supermercado um bom vinho com o que regar uma homenagem em casa em companhia de amigos e familiares. Cozinhar e comer pode ser um prazer e um investimento em saúde. Assim, durante 2024, o consumo total de alimentos e bebidas em Espanha foi praticamente igual ao registado em 2023 (30.668 milhões de quilos/litros, mal um 0,2% inferior ao do ano anterior), conquanto a despesa subiu um 2,4%.
Assim o reflete o Relatório de consumo alimentar em 2024, que evidência que, ainda que continua ao alça, o ritmo de crescimento da despesa se atenuou, algo bastante lógico, já que em 2023 o mordisco inflacionário foi bem mais nocivo para os bolsos dos consumidores.
Produtos essenciais, saudáveis e asequibles
Quanto a compra-las, segundo os dados do Ministério de Agricultura, Pesca e Alimentação, "os lares espanhóis priorizan produtos essenciais, saudáveis e asequibles". Assim, o consumo diário de lacticínios, frutas e hortaliças se mantém firme, ainda que cresce o de carne (+2,4%) e retrocede o consumo de produtos pesqueiros (-3,7%), salvo as conservas de pescado e marisco, que sobem um 2,1%.

Assim mesmo, baixa o consumo de azeite de oliva (-2,0%) e sobe o de girasol (+7,9%), pelo que não parece do todo exato afirmar, como faz o Ministério, que a dieta mediterránea, o "pilar fundamental da alimentação em Espanha", ganha peso entre os jovens. Outra das conclusões do relatório é que as bebidas descem em general, com quedas especialmente destacadas nas categorias de combinados (-14,1%) e zumos (-9,6%).
Os vascães, os que mais gastam em comer em casa
O relatório também reflete a despesa per capita nos lares distribuído por comunidades autónomas, um gráfico que deixa claro que os que mais dinheiro se deixam em comer bem em casa são os vascães. Mais especificamente, investem até 2.066,77 euros por pessoa ao ano, uns 280 euros acima da média espanhola, o que poderia indicar que sua poder adquisitivo é maior que tendem a encher o carrito com alimentos mais caros (bons pescados, boas carnes e bons vinhos).

Ainda que o primeiro posto é para os vascães, seguem-lhes muito de perto os catalães (2.065,04 euros) e os baleares (2.052,10 euros). Depois do top-3 aparecem Navarra, Galiza, Castilla e León e Astúrias.
Comunidades que menos gastam
Em mudança, as comunidades que se situam à bicha da despesa em alimentação e bebidas são Extremadura (1.492,29 euros), Castilla-A Mancha (1.552,69 euros) e Andaluzia (1591,31 euros).
Para além das diferenças por zonas, o Ministério tem recordado que o planejamento do consumo favorece a sustentabilidade e diminui significativamente o desperdicio de alimentos.