Arco 2025: galerias, artistas e amazofuturismo
A 44ª feira internacional de arte contemporânea celebra-se do 5 ao 9 de março em Ifema com um 67% de galerias internacionais

A feira Arco 2025 celebrar-se-á em Ifema do 5 ao 9 de março e reunirá a 214 galerias de 36 países (9 mais que na edição passada).
Deste modo, o 67% da oferta será internacional e o tema central da feira será o Amazonas, segundo tem apontado a diretora Maribel López.
O peso de América Latina em Arco 2025
Por sua vez, a diretora de Ifema Madri, Arancha Priede Leza, tem destacado a presença de América Latina, que representa mais de 32% da presença estrangeira.

Assim mesmo, tem reiterado "a solidez" da cena artística contemporânea espanhola e tem adiantado que as galerias nacionais terão uma presença de 33%.
O programa de amazofuturismo
Entre os programas comisariados da 44ª feira internacional de arte contemporânea encontra-se Wametisé: ideias para um amazofuturismo, tema central da feira, com a presença de 15 galerias de 6 países.
Dito programa reflexiona sobre "novos modos de criação que representam existências híbridas entre corpos humanos, vegetais, físicos e metafísicos".
O água como conector de ideias
"Esse projecto do Amazonas vem de uma investigação que arrancamos em 2022 em torno do água como conector de ideias. Sobre como podemos imaginar maneiras de nos ligar através da arte e não maneiras de nos separar através de muitos outros modos". O água pareceu-nos uma boa metáfora e esse projecto tem ido avançando para chegar agora ao Amazonas", expõe López.
Novos artistas
Outros dos projectos comisariados são o Opening, no que 18 novas galerias de 13 países com uma trajectória de um máximo de 7 anos contribuirão novos artistas; Perfis. Arte latinoamericana, que com uma selecção de 10 galerias de 7 países explora a colaboração com artistas e galerias latinoamericanas; e Projectos de artista, uma iniciativa na que 32 galerias apresentam 32 projectos de artista pensados para sua instalação em espaços distribuídos por toda a feira.
Efervescencia comercial
López explica que as previsões comerciais que têm se baseiam no "interesse" e "desejo" recebido, pelo que observa uma "efervescencia" na nova edição.
"Temos recebido nos últimos anos muito desejo por fazer visitas por parte de grupos importantíssimos: clientes de banca, auditores e pessoas com muita possibilidade de compra, para os que se organiza um evento. Ainda que é uma buenísima notícia porque é um interesse presente ou futuro para as galerias, devemos trabalhar para que isso seja o sucesso futuro e não o problema imediato", reflexiona.
Compras institucionais
Ainda que López não tem querido adiantar todos os dados, sim tem assegurado que entre as compras de arte por parte de instituições se incorporam entidades como a Junta de Andaluzia, além de compradores privados.
Assim mesmo, tem assinalado que o orçamento da feira é o mesmo, e é global de toda Ifema Madri, pelo que valorizam o "sucesso" com outros medidores, como a percentagem de galerias que querem repetir no ano seguinte, uma cifra que actualmente se situa no 90%.
Uma ausência sentida
Arco 2025 também estará marcada pelo fallecimiento o passado 3 de fevereiro da emblemática galerista coleccionista Helga de Alvear.
A diretora de Arco tem querido recordar à coleccionista de arte e habitual em ARCOmadrid, "à que jogamos já tanto de menos, à galerista e coleccionista que neste ano não vai estar conosco em Arco".