O épico tráiler do filme biográfica sobre Michael Jackson: quando se estreia em cinemas

O primeiro progresso de 'Michael' e a transformação de Jaafar Jackson, sobrinho do artista, desata uma onda de expectación pelo biopic que promete não rehuir a polémica

Primeras imágenes del biopic de Michael Jackson   Glen Wilson   EFE
Primeras imágenes del biopic de Michael Jackson Glen Wilson EFE

O fenómeno dos biopics musicais explodiu mundialmente com o de Freddie Mercury, Bohemian Rhapsody (2018). A este lhe seguiram filmes como Rocketman (Elton John) ou Elvis (Elvis Presley), que encontraram o favor da crítica; e outros que deixaram ao público frio, como as histórias de Bob Marley, Whitney Houston ou Amy Winehouse. Agora se prepara um novo capítulo, possivelmente, o mais complexo: a vida de Michael Jackson.

O primeiro tráiler oficial de Michael já tem visto a luz, confirmando uma data de estréia mundial para o 24 de abril de 2026. O progresso, de mal um minuto, tem provocado um aluvión de reacções em mal umas horas. Seu interesse não reside unicamente no magnetismo da figura do Rei do Pop, sina no desafio narrativo que supõe encapsular uma biografia que transita entre a celebração do ícone global e a abordagem das graves controvérsias que definiram seus últimos anos.

Seu sobrinho, Jaafar Jackson, é Michael

Um dos maiores reptos da produção era encontrar a um protagonista que pudesse encarnar o magnetismo e a energia do ícone. A solução não pôde ser mais acertada: Jaafar Jackson, sobrinho do próprio Michael e filho de Jermaine Jackson.

 

O tráiler deixa claro que a eleição é um sucesso rotundo. Os primeiros comentários dos fãs e os meios destacam o parecido espantoso e o hype em massa que gera ver a Jaafar recreando as diferentes etapas da vida de seu tio, desde a era Jackson 5 até a cimeira de sua carreira em solitário com Bad. As recreaciones são descritas como "visualmente perfeitas".

Contar a história do 'deus e o monstro'

Nos biopics costuma-se optar por uma visão suavizada e "desinfectada" de seus protagonistas. Mas, com Michael Jackson, isto parecia impossível. Como contar a história do ídolo de massas, o deus musical que rompeu todas as barreiras, sem abordar também à criatura excêntrica marcada pelos excessos quirúrgicos e as graves acusações de abuso sexual de menores?

A participação dos herdeiros do artista na produção fez temer uma biografia idealizada, quase fictícia. No entanto, cedo confirmou-se que nenhum aspecto da vida de Jackson ficaria fora da história. O filme, dirigida por Antoine Fuqua, enfrenta-se ao desafio de equilibrar ao "deus e o monstro" sem ser nem uma hagiografía nem um julgamento.

A partilha para uma vida de filme

O tráiler não só mostra a espectaculosidade dos palcos, sina que apresenta aos actores que darão vida ao círculo íntimo do cantor. Colmam Domingo (ganhador do Emmy por Euphoria) interpretará ao estrito pai e patriarca, Joe Jackson. Nia Long será a mãe, Katherine Jackson. Milhares Teller (Top Gun: Maverick) dará vida a um de suas managers, John Branca. E Kendrick Sampson aparece como o legendario produtor Quincy Jones.

O verdadeiro é que o caso de Michael Jackson sempre tem sido muito complicado como para o vetar. Quando as canções estão tão unidas à memória emocional de tantas gerações, o veto não é fácil. Talvez por isso Hollywood crê jogar sobre seguro. Michael poderá ser uma figura controvertida, mas as lembranças que milhões de pessoas associam a Thriller ou Billie Jean são impossíveis de cancelar. Com mais de 30 canções emblemáticas em sua trilha corrente, o filme de Lionsgate e Universal posiciona-se como um dos eventos cinematográfico de 2026.