Como reclamar à AllZone para recuperar o teu dinheiro

A loja online acumula milhares de queixas por não entregar os pedidos a tempo e não devolver os reembolsos prometidos

Uma ação judicial da AllZone / CG
Uma ação judicial da AllZone / CG

As queixas contra a AllZone não cessam. Uma das mais recentes recolhidas pela Consumidor Global relata o calvário de um cliente que esperou três meses para receber um telemóvel que tinha comprado. Ante a demora, solicitou o reembolso, mas a empresa só lhe oferecia desculpas e nenhuma solução clara.

Este caso não é isolado. Desde o início de ano, este meio tem registado bastante mais queixas similares: produtos que nunca chegam e devoluções que se eternizam. Um padrão que gera desconfiança entre os consumidores e que obriga muitos a tomar medidas legais.

O que fazer se a AllZone não responde

Quando uma compra não se processa correctamente e a empresa não oferece soluções, o melhor é atuar o quanto antes. Em primeiro lugar, há que contactar com a loja e verificar os prazos de entrega. Se a companhia não cumpre com eles, há que reclamar.

Una mujer ha sido estafada y se dispone a reclamar | CANVA
Uma mulher foi defraudada e dispõe-se a reclamar | CANVA

No caso de não obter resposta, os utilizadores podem ir ao Centro Europeu do Consumidor ou ao Escritório Municipal de Informação ao Consumidor (OMIC) para fazer uma denúncia. Também existe a possibilidade de ir à Polícia.

Guarda toda a documentação

A Organização de Consumidores e Utilizadores (OCU) aconselha guardar todas as provas possíveis: faturas, emails, capturas de ecrã dos processos ou reclamações realizadas.

Com esta documentação, o consumidor pode ir aos tribunais. Para reclamações inferiores aos 2.000 euros, o processo pode realizar-se sem necessidade de advogado nem procurador, o que reduz os custos e facilita a reclamação.

Quejas contra AllZone / OCU
Queixas contra a AllZone / OCU

Mudanças legais que favorecem o consumidor

Desde abril de 2025, os consumidores têm um novo aliado legal. Poderão recuperar as despesas judiciais sempre que acreditem ter tentado resolver o conflito pela via amistosa antes de ir aos tribunais. Isto inclui ter enviado correios, formulários de contacto ou inclusive ter tentado a mediação.

Esta mudança legislativa pretende proteger ainda mais o comprador face a empresas que ignoram as suas obrigações. Ademais, o Centro Europeu do Consumidor lembra que os internautas têm um prazo de 14 dias para devolver um produto comprado online sem necessidade de justificativa, ainda que isto pode variar segundo a loja e as políticas de devolução.