O que é mais roubado nas lojas?
Na categoria de furtos em estabelecimentos de restauração, destacam-se os vinhos, as bebidas espirituosas e o azeite.

Os roubos nas lojas e supermercados aumentam. Assim se desprende do relatório, o Barómetro do Hurto na Distribuição Comercial, que foi apresentado pela AECOC, associação patronal do grande consumo em Espanha. Segundo reconhece 81% das empresas interrogadas pelos responsáveis pelo relatório, os furtos externos incrementaram no último ano.
Segundo os dados desta entidade, a perda desconhecida (que é o conceito que engloba os roubos ou perdas de recursos que se produzem na própria empresa) representa 0,74% do total da facturação das empresas de distribuição em Espanha, o que representa um impacto aproximado de 1.856 milhões de euros anuais no sector comercial.
Furtos externos
Quanto às acções concretas que compõem a perda desconhecida, os furtos externos representam 57% dos casos; enquanto os erros administrativos representam um nada despresível 23% e o furto interno ou de empregados apenas 15%. O 4% restante corresponde à fraude de fornecedores.

Segundo o relatório, mais da metade (55%) dos furtos são cometidos por grupos organizados que "operam com fins lucrativos e representam um grande problema para a segurança dos estabelecimentos". De facto, segundo os especialistas em furtos da Checkpoint Systems, algumas destes grupos detectam as oportunidades de fazer negócio e furtam diferentes produtos de alto valor para posteriormente revendê-los.
Ladrões reincidentes
Quase dois em cada três furtos (64%) são obra de autores multi reincidentes; isto é, que realizam três furtos ou mais por ano nos estabelecimentos.
O barómetro da Checkpoint Systems também destaca que apenas 64% dos casos se realizaram denúncias, das quais 52% se resolveram de forma satisfatória.

Produtos mais furtados
O estudo também revela quais são os artigos mais cotados pelos ladrões por categorias. Assim, na categoria de alimentação e bebidas destaca-se o furto de vinhos e licores, os enchidos e as conservas /fumados.

Os produtos cujos furtos mais incrementaram no último ano são os azeites, que multiplicaram o seu preço nos lineares.
Cuidado pessoal e tecnologia
Na categoria de cuidado pessoal e beleza realçam os cremes faciais como o produto mais desejado pelos ladrões, além de produtos de cuidado capilar. Um degrau abaixo encontram-se as lâminas de barbear e a maquilhagem.

Analisando os retailers de produtos de tecnologia, 83% das companhias situa o smartphone como o produto de eletrónica que mais se furta. O segundo posto é ocupado pelos auriculares, seguidos dos videojogos, computadores portáteis e tablets. Irrompe com força o furto de smartwatches, pela primeira vez nesta listagem.
Bricolage e lar
As pilhas e as baterias encabeçam os furtos dentro da indústria do bricolage e o lar. Os segundos produtos mais furtados são as lâmpadas e os terceiros artigos são as ferramentas, tanto manuais como elétricas.
Um degrau abaixo na listagem de furtos encontra-se os berbequins, tomadas, discos de diamante, cabos, fio de cobre e câmara de intercomunicação.

Roubos em moda
Quanto ao sector da moda, o relatório revela que o calçado é o género mais vulnerável. Dentro da roupa, o que mais se rouba são t-shirts, calças ou vestidos, ainda que também malas ou roupa interior.
Chama a atenção o peso dos óculos de sol, que estão entre os dez produtos mais vulneráveis.
Caixas de autopagamento
Tal como revela o estudo, no último ano a instalação de caixas de autopagamento cresceu 19% em Espanha. Hoje, 44% dos retalhistas afirma que os seus estabelecimentos já dispõem destas caixas e procura soluções anti furto eficazes para elas.
57% das empresas consideram que o furto em caixas de autopagamento é maior, e que os ladrões preferem este tipo de caixas para furtar em vez das caixas assistidas por pessoas.

Protecção
Quanto aos métodos de protecção, todos os peritos interrogados reconhecem dispor de câmaras de vigilância e alarmes nas suas lojas. 94% dos estabelecimentos têm antenas antifurto e 81% estão protegidas com coleiras, aranhas e caixas de policarbonato; apenas 13% dos produtos vêm protegidos com etiquetas antifurto desde o fabricante).
Segundo o estudo, as soluções para expositores e mecanismos de acção retardada estão presentes em 25% dos estabelecimentos e as ferramentas de análises de dados recolhidos pelas antenas antifurto em 19%. Também chama a atenção a implantação de sistemas avançados de segurança com tecnologia RFID para antifurto atingindo 19%.