Fitness Park, a rede de ginásios que sobe as quotas sem aviso prévio

A rede de centros de fitness oferece aos membros uma taxa de adesão básica de 27 euros que, após o primeiro mês, aumenta para 47 euros sem aviso prévio.

Utilizadores num ginásio semelhante ao Fitness Park / Fotomontagem CONSUMIDOR GLOBAL
Utilizadores num ginásio semelhante ao Fitness Park / Fotomontagem CONSUMIDOR GLOBAL

Num mundo onde as promessas de bem-estar e saúde movem multidões, os ginásios converteram-se em santuários modernos. Fitness Park é uma das muitas redes de ginásios que proliferan em Espanha.

No entanto, a companhia acumula inumeráveis críticas na internet e na sua própria aplicação. Uma das mais destacadas tem a ver com a subida inesperada da quota mensal, tal como denunciam alguns sócios do clube localizado em Barcelona (na rua Balmes, 184).

Da tarifa básica à 'premium'

Ignasi Jorro é um dos afectados que lidou com a subida de tarifa repentina. Segundo detalha à Consumidor Global, assinou um contrato com uma quota básica, 27 euros por mês. Dois meses mais tarde, apercebeu-se de que a cobrança mensal subiu a 47 euros sem que ninguém lhe tivesse informado sobre isso.

Web de Fitness Park / FITNESS PARK
Site da Fitness Park / FITNESS PARK

Assim, o utilizador passou da quota clássica à Ultimate, uma premium para aceder a determinadas zonas do centro e outros serviços. Não obstante, ao afectado não lhe interessava esta tarifa e, por isso, reclamou ao ginásio. "Poderiam por favor devolver à quota Classic, que é a que pedi e me ofereceram verbalmente na Fitness Park quando me inscrevi?".

Fitness Park guarda silêncio

O caso de Ignasi Jorro não é, nem muito menos, o único. "Posso saber porque em vez de 27 euros me passaram uma fatura de 47 euros? Entendo que é um erro e devolvi a fatura, espero que resolvam o problema, obrigado”, comentou outra pessoa afetada num chat interno da aplicação Fitness Park. 

A Consumidor Global pôs-se em contacto com a Fitness Park para aclarar que ocorre com estas subidas de quotas que surpreende muitos sócios. No entanto, até ao momento da redação deste artigo, a empresa mantém-se em silêncio. 

Uma letra pequena oculta

Num canto escondido do site do Fitness Park, os utilizadores podem ver como funciona o sistema de pagamentos. A oferta clássica com permanência estabelece uma mensalidade de 27 euros por mês durante 52 semanas.

No entanto, durante as primeiras quatro semanas, os membros usufruem gratuitamente dos serviços Ultimate. Após o primeiro mês, pagam 20 euros adicionais para utilizar o modo premium. 

s truques do Fitness Park

A vantagem do Fitness Park é o seu teste gratuito. De facto, durante um mês, os sócios usufruem gratuitamente da assinatura Ultimate. Mas, após este período e sem aviso prévio, a cadeia de ginásios começa a cobrar 20 euros adicionais, 47 euros no total. 

Una persona se prepara para hacer pesas en un gimnasio casero
Uma pessoa prepara-se para treinar com pesos num ginásio em casa.

“Durante as primeiras 4 semanas em que tem a opção Ultimate GRATUITA, tem de notificar por correio se quer continuar com a opção Classic ou Ultimate”, explicou o ginásio a Ignasi Jorro. No entanto, sublinha que ninguém o informou destas condições quando se inscreveu no centro. 

Como reclamar

O advogado Iván Rodíguez adverte a este meio que o truque  de Fitness Park não é lícita. Sublinha que a rede de ginásios deve explicar todos os detalhes do pagamento aos seus sócios para que estes conheçam bem as condições do contrato antes de assinar.

el súper alimento que te ayuda a rendir más en el gimnasio según los nutricionistas/ PEXELS
o superalimento que ajuda a ter um melhor desempenho no ginásio, segundo os nutricionistas / PEXELS

No entanto, os utilizadores da Internet têm sempre a possibilidade de reclamar. O primeiro passo é contactar o pessoal do ginásio e pedir o reembolso da taxa clássica. Se o cliente não for reembolsado da taxa contratada, o melhor a fazer é pedir um formulário de reclamação. “É importante levá-lo a um escritório de defesa do consumidor para que seja aberto um processo de mediação ou, em último caso, de arbitragem, sem precisar ir à Justiça”, conclui o advogado.