O Museu do Prado muda a cor de suas paredes para realçar a força dos quadros

A pinacoteca começa nesta sexta-feira, 5 de setembro, uma renovação cromática de sua Galeria Central, que passará do verde grisáceo ao azul, para realçar a força das telas dos grandes maestros

'Las Meninas' y otros cuadros de Velázquez en el Museo del Prado EUROPA PRESS
'Las Meninas' y otros cuadros de Velázquez en el Museo del Prado EUROPA PRESS

O Museu Nacional do Prado tem decidido mudar a cor das paredes de sua Galeria Central.

A renovação cromática inicia-se nesta sexta-feira, 5 de setembro, e a cor azul será o telón de fundo de alguns das grandes telas expostas de Tiziano, Tintoretto, Veronés ou Rubens, entre outros artistas.

O Museu do Prado inicia o período azul

"O azul eleito para esta nova etapa procura estabelecer um contraste vibrante e realçar as colecções de pintura espanhola e italiana que se exibem neste espaço, ao mesmo tempo em que recupera a monumentalidad arquitectónica da galeria", afirma a instituição num comunicado.

Las salas 28 y 29 de la Galería Central / MUSEO DEL PRADO - FACEBOOK
As salas 28 e 29 da Galeria Central / MUSEU DO PRADO - FACEBOOK

Cabe recordar que o Prado tem modificado em várias ocasiões a cor da Galeria Central, passando do tom creme de princípios de século à cinza verdoso claro de 1927, à cinza cálida da exposição de Tiziano em 2003, até o verde grisáceo atual.

Percursos alternativos

A pinacoteca também tem anunciado que a renovação acometer-se-á em duas fases e se prevê que esteja finalizada a começos de outubro.

Para minimizar o impacto no percurso, o Prado tem previsto começar pelo primeiro trecho da galeria e, uma vez reaberto, continuará com o segundo. Ademais, habilitaram-se percursos alternativos para garantir a visita às principais obras mestres do museu.

O repintado dos muros

A equipa técnica do Prado levará a cabo o repintado dos muros, a revisão dos sistemas de iluminação e a reordenación das obras expostas num despliegue logístico.

Interior del Museo del Prado / Jesús Hellín - EP
Interior do Museu do Prado / Jesús Hellín - EP

Ao mesmo tempo, a instituição assegura que levava meses se propondo a conveniência de uma mudança nos tons de fundo para realçar a força das telas e tinha feito inclusive várias provas com diferentes possibilidades.

Outras renovações históricas

O sucesso e resultado da cor eleita na recente exposição O Greco. Santo Domingo o Antigo -que ocupou a primeira parte da galeria entre fevereiro e junho deste ano- decantó a eleição pelo azul.

Esta renovação inscreve-se na tradição de intervenções que têm marcado a história da Galeria Central: desde a reforma de Pedro Muguruza nos anos 20, a climatización dos anos 80, até a montagem de exposições como Reencontro, em 2020.