Não o sabias: o truque que usam as hospedeiras para memorizar a cara dos passageiros
Propuseste-te alguma vez como as hospedeiras conseguem atravessar o corredor e atender aos passageiros sem titubear? Desde Consumidor Global explicamos-te a razão pouco conhecida pela que memorizar a cara das pessoas lhes resulta imprescindível

Propuseste-te alguma vez a importância que têm os pequenos gestos à hora de se sentir relevante? Já seja que uma dependienta de loja te procure para te facilitar uma talha com um sorriso, que um camarero recorde que és o do aniversário da mesa do fundo ou inclusive que uma hospedeira resolva tua petição indo rauda e veloz a teu assento sem duvidar sobre quem lhe pediu que coisa entre os passageiros.
E é que existe uma linguagem secreta na comunicação entre pessoas que se estende a todos os campos da vida e oficios do mundo. Em Consumidor Global temos querido contar-te como se plasma nos hospedeiros de um voo, trabalhadores que habitualmente gozam dos melhores truques para se lembrar de todas as pessoas do avião.
O que realmente ocorre quando te cumprimenta uma hospedeira
Ainda que muitos passageiros crêem passar desapercibidos ao subir a um avião, a verdade é que o pessoal de cabine tem seus próprios métodos para os identificar rapidamente sem que o notem. Os auxiliares de voo empregam estratégias precisas para memorizar rostos e estar preparados ante qualquer situação a bordo, porque isso, é também importante parte de seu trabalho.
Esse primeiro cumprimento ao abordar não é sozinho cortesía. Segundo revelou Duygu Eren Toysa, chefe de cabine de Turkish Airlines, é um momento finque no que se observam detalhes físicos e atitudes dos passageiros desde o primeiro momento que calcam o avião. A tripulação regista mentalmente rasgos distintivos como um peinado llamativo, um lunar, a cor de uma prenda ou uma característica facial para não se confundir depois no caso de ter que atender —para bem ou para mau— a um passageiro em questão.
Ademais, manejam códigos internos para referir aos passageiros sem revelar identidades. Por exemplo, se alguém está no assento 13D, se referem a ele como "Delta 13", o que lhes permite se comunicar com rapidez e discreción sobre uma pessoa muito concreta.
Para além do carrito de bebidas: os dados mais curiosos sobre o universo de uma hospedeira
Dado que não sempre podem falar com liberdade, as tripulantes usam códigos e sinais que os passageiros rara vez detectam. Desde comentários sobre algum passageiro até alertas internas, sua comunicação é digna de espiãs profissionais: efectivamente, falam em chave.
E é que por trás do sorriso impecable e sua presença impoluta dentro do uniforme, as tripulantes de cabine —mais conhecidas como hospedeiras— escondem uma série de chaves em sua rotina que vai bem mais lá de servir café a 10.000 metros de altura e falar com os códigos que te revelámos. Este é um trabalho que exige nervos de aço, habilidades de diplomacia nível experiente e a capacidade de improvisar ante qualquer situação… inclusive em plena turbulência.
1. O café sem cafeína é mais comum do que cries
Em alguns voos, o que parece uma dose de energia matutina é, em realidade, um engano reconfortante: muitas aerolíneas servem café descafeinado por defeito para evitar passageiros hiperactivos ou ansiosos. Tranquilidade a bordo, antes de mais nada.
2. O truque olfativo do banho
Os banhos do avião podem converter numa armadilha olfativa durante voos longos. Para combatê-lo, as auxiliares costumam levar ambientadores potentes, já que o ar a bordo recicla-se constantemente e os maus cheiros poderiam estender-se como uma nuvem tóxica.
3. Telefones acendidos? Às vezes, sim
Ainda que não o admitam abertamente, algumas hospedeiras têm confessado ter enviado mensagens durante a descolagem ou aterragem. É uma prática riesgosa, mas não tão infrequente como se pensa.
4. A comida gourmet que ninguém toca
Quando viajam modelos ou outras celebridades em primeira classe, às vezes não tocam nem um bocado dos platos de autor que se servem. As hospedeiras sabem-no… e às vezes reutilizam essas jóias culinarias. Uma vantagem silenciosa do trabalho.
5. Passageiros com copas a mais
Uma situação complicada: lidiar com passageiros passados de álcool. As hospedeiras não têm permitido confrontar nem perder a acalma. Em casos extremos, o comandante pode ordenar desembarcar ao passageiro para garantir a segurança do voo.
6. Nada de voar resfriadas
Um simples catarro é razão suficiente para que uma hospedeira não suba ao avião. Isto não só é por segurança sanitária: as mudanças de pressão agravam os sintomas e podem afectar seu desempenho.
7. Exposição constante à radiação cósmica
Voar não só acerca ao céu: também expõe ao corpo a níveis mais altos de radiação que em terra firme. É um risco silencioso que faz parte do trabalho.
8. O relógio biológico perde o norte
Mudar de fuso horário constantemente e dormir em horários erráticos pode alterar o ciclo hormonal das hospedeiras, incluindo sua menstruación. A melatonina, a hormona do sonho, é a mais afectada.
9. Um papel com múltiplos chapéus
Uma hospedeira não só serve bebidas. Também actua como enfermeira, terapeuta improvisada, intérprete, supervisora, relações públicas e gestora de emergências técnicas. Se algo falha, aí está ela.
10. Menos é mais em seu estilo
O maquillaje deve ser discreto, o peinado impecable e o uniforme, intachable. Não há lugar para excentricidades. A imagem projecta profissionalismo e confiança.
11. O que mais lhes molesta (ainda que não o digam)
Há coisas que realmente irritam ao pessoal de voo: passageiros que caminham descalzos, pernas que invadem o corredor ou quem deixam restos de comida e lixo nos bolsos do assento. Podem parecer detalhes, mas afectam a experiência a bordo.
Por trás desse aparente glamour e os destinos exóticos, ser hospedeira é uma tarefa exigente, onde se mistura a precisão, o autocontrole e o dom de gente. De modo que a próxima vez que subas a um avião, já sabes: há bem mais passando entre os corredores do que parece.