Branca Miñano, fundadora e CEO de Skinvity: "A máscara LED não é para rejuvenecer"

A CEO e fundadora da marca de tecnologia cosmética revela a Consumidor Global quais são as chaves para distinguir uma boa máscara LED, uma das últimas tendências em cosmética e 'skincare'

Blanca Miñano, CEO y fundadora de Skinvity   Fotomontaje CG
Blanca Miñano, CEO y fundadora de Skinvity Fotomontaje CG

Em 2019, durante uma viagem com amigas, Branca Miñano, CEO e fundadora de Skinvity, descobriu o produto ao que não se resiste nenhuma influencer na actualidade. Trata-se das máscaras LED, um dispositivo que faz parte do que se conhece como tecnologia cosmética.

Estes aparelhos permitem melhorar (ou ao menos isso prometem) a firmeza da pele. Mitigar o aparecimento das arrugas, as linhas de expressão ou dissimular as manchas do rosto, tal e como explica Branca Miñano a Consumidor Global. A fundadora da companhia está especializada neste tipo de máscaras faciais bem como outros instrumentos tecnológicos que estão à vanguardia e que, assegura, têm vindo para ficar.

Um produto que triunfa no mercado asiático e estadounidense

Skinvity é uma marca de tecnologia cosmética que se lançou em 2020. Depois dessa viagem com amigas, Miñano começou "a ver que já tinha produtos no mercado com um nível de eficácia relevante. A partir daí, vi que estavam a ter muito sucesso em Ásia e Estados Unidos".

Dos usuarias usan la máscara facial de Skinvity / CEDIDA
Duas utentes usam a máscara facial de Skinvity / CEDIDA

"Em 2022, pusemos-nos a fabricar nossos próprios produtos e a princípios de 2023 lançamos nosso primeiro dispositivo, que foi a máscara LED", acrescenta. Seu sucesso tem sido tal que actualmente representa o 24% da facturação total da companhia.

A tecnologia cosmética calca forte

"A tecnologia cosmética, independentemente de que vás à clínica ou não, é um aliado", sustenta Miñano. Inclui uma série de dispositivos como masajeadores corporales, mas a jóia da coroa e a tendência dos últimos anos são as máscaras LED.

"São um tratamento muito pouco invasivo que podes usar inclusive se estás a realizar algum tratamento de medicina estética. É cómodo e pode-las usar em qualquer momento. O utente vê-o como algo que lhe pode contribuir benefícios sem ter que sacrificar muito, nem sequer tempo", recalca.

Como identificar uma boa máscara LED

As máscaras LED têm benefícios, sim, mas não todas são igual de eficazes. "É importante ver as longitudes de onda. Os infravermelhos têm que estar presentes, sem dúvida", afirma Miñano.

"Vemos muitas máscaras no mercado que têm longitudes de onda de cor verde, amarelo ou laranja. Os estudos que demonstram que há melhoras significativas da qualidade da pele são aqueles que incluem longitudes de ondas vermelhas ou infravermelhas", sustenta.

Outros aspectos a valorizar

Também influi o material. As máscaras que são rígidas não se adaptam bem ao rosto.

"Quanta mais distância há entre o dispositivo e a pele, a luz dispersa-se e perde eficácia. O ideal é que a máscara tenha uma potência elevada e que a possamos ter muito próxima à pele. Se é possível que os LEDs estejam colados à dermis", argumenta Miñano.

O preço, um factor finque

O preço poderia ser outro indicativo da qualidade deste produto. O modelo Skinvity custa 499 euros. Um preço não apto para todos os bolsos.

À pergunta se é um tipo de tecnologia que há que pagar para conseguir os resultados, Miñano responde: "Realmente, sim. Pelos materiais, a quantidade de LEDs, a longitude de ondas desses LEDs, os comandos, etcétera. Provavelmente seja o produto mais barato de tua rotina de cuidado diário porque não se gasta ao mês e não o tens que renovar. Vai acompanhar-te durante muitos anos e as famílias compartilham-na", defende.

O autocuidado em auge

O autocuidado vive sua época dourada. As rotinas de skincare têm deixado de ser um capricho para converter numa necessidade.

Tanto é de modo que o consumidor não só está disposto a pagar mais por todo aquilo que tenha que ver com o bem-estar e o autocuidado. Segundo explica Miñano, "no observatório que lançamos pudemos observar que o autocuidado está inclusive por adiante do orçamento que têm os lares para moda". É por isso que a experiente afirma que se trata de um sector em pleno auge.

A eterna juventude, uma falsa promessa

A eterna juventude é o principal reclamo de muitos produtos cosméticos antiedad. Mas há que aceitar que a pele madura. "Sem dúvida", responde Miñano.

E aclara: "Nós sempre tentamos fugir de claims desse tipo. Tentamos que as pessoas possam encontrar sua melhor versão na cada momento. Quando as clientes perguntam: 'Ouve, que me vês?', sempre dizemos: 'Que te preocupa a ti?'. Evidentemente, a máscara LED não é para rejuvenecer ou que não cumpras anos, isso não o vai evitar nada. É para que te sintas mais segura, mais cómoda contigo mesma e sejas a melhor versão de ti mesma na cada momento".

A radiofrequência, o futuro da tecnologia cosmética

A idade na que a produção de colágeno começa a minguar é aos 25 anos. A principal consequência é que a firmeza da dermis se vai perdendo. Miñano aconselha adentrarse no mundo da tecnologia cosmética a partir de 30 anos. "Nossa máscara destaca por essa melhora da firmeza num 30,8% em oito semanas. Melhorar a firmeza permite que se mitiguem as arrugas, as linhas finas e nos ajuda a melhorar a aparência", sublinha.

Agora bem, a tecnologia cosmética promete trazer inovações que revolucionarão o cuidado da pele. E, de novo, modificarão as rotinas de skincare. Segundo Miñano, o próximo produto estrela poderiam ser dispositivos de radiofrequência para usar em casa. "Estamos a trabalhar numa nova radiofrequência de uso doméstico que esperamos lançar em outubro. É importante que seja fácil e rápido". E conclui: "Não há dúvida sobre a eficácia da boa tecnologia. A tecnologia cosmética funciona".