Quantas pessoas falecem a cada ano em Espanha em acidentes trabalhistas?
Alguns dos sectores mais expostos são o da construção (com 39 decesos nos três primeiros meses de 2025) e o da indústria (22)

Os acidentes trabalhistas seguem sendo um drama gravísimo que requer a dedicação de muitos mais recursos em todas as frentes, já que, apesar dos avanços em segurança, as cifras continuam sendo escalofriantes: em 2024 faleceram 796 pessoas por acidentes trabalhistas em Espanha, 75 mais que em 2023. Durante os primeiros três meses do ano 2025 faleceram um total de 162 trabalhadores em acidentes trabalhistas. Deles, 152 eram assalariados e 10 eram autónomos.
São 7 menos que no mesmo período de 2024, o que em termos relativos implica um descenso de 4,1%, segundo os dados provisórios do Ministério de Trabalho e Economia Social. A maior parte dos acidentes mortais do primeiro trimestre do ano produziram-se por infartos e derrames cerebrais (57), golpes pela queda de um trabalhador (20), incidências que provocaram que uma pessoa ficasse atrapada, fora aplastada ou sofresse uma amputação (18); ou bem por acidentes de tráfico (18).
Trabalhadores assalariados
Mais falecidos
De acordo com os dados provisórios do Ministério, os acidentes mortais em jornada de trabalho baixaram um 7,1% até março depois de registar-se 131 falecidos, 10 menos que em 2024, enquanto os siniestros 'in itínere' com resultado de morte (isto é, os ocorridos quando um trabalhador se deslocava desde seu domicílio ao lugar de trabalho ou vice-versa) aumentaram até um total de 31 falecidos, 3 mais que no primeiro trimestre do ano passado.

Dentro dos acidentes mortais em jornada de trabalho, o sector serviços registou o maior número de falecidos, um total de 63, com um descenso de 16% em frente a 2024. Em mudança, no sector agrário faleceram 7 trabalhadores, dois menos que até março de 2024.
Construção
Os acidentes com resultado de morte em jornada de trabalho subiram na construção, com 39 falecidos, duas mais que em 2024 (+5,4%); e na indústria, que registou 22 mortes, duas mais que no primeiro trimestre do ano passado (+10%).
Não obstante, o índice de incidência (número de acidentes com baixa pela cada 100.000 trabalhadores) baixou até março em todas as secções de actividade, salvo nas actividades administrativas e serviços auxiliares, onde se incrementou um 0,7%.

Caem os siniestros graves
Os acidentes com baixa trabalhista diminuíram um 2,4% nos três primeiros meses do ano, até um total de 142.083, dos que 122.039 se produziram no centro de trabalho (-2,8%) e 20.044 foram acidentes 'in itínere'.
Segundo a estatística de Trabalho, os acidentes graves em jornada trabalhista somaram 834 até março. Os acidentes leves em jornada de trabalho reduziram-se um 2,8%, até um total de 121.074.