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Proibir 'Desokupa' e multas de até 600.000 euros a quem contrate-lhes: a proposta de Somar

O grupo parlamentar propõe outras medidas como a inhabilitación das pessoas que participem em emprear destinadas a desalojar moradias

Verónica Martínez, portavoz de Sumar, interviene en una sesión parlamentaria   EP
Verónica Martínez, portavoz de Sumar, interviene en una sesión parlamentaria EP

Somar tem proposto no Congresso uma reforma legal para proibir as empresas ou pessoas que ofereçam serviços destinados a desalojar moradias. A iniciativa contempla sanções que vão desde os 30.000 até os 600.000 euros para quem participem neste tipo de actividades.

A proposta apresentou-se mediante uma emenda à lei para regular os alugueres de temporada. Concretamente, Somar propõe acrescentar uma disposição adicional à Lei de Arrendamentos Urbanos com o fim de vetar este tipo de negócios.

Uma proibição "expressa, completa e sem excepção"

Segundo recolhe o texto, a proposta procura proibir de forma "expressa, completa e sem excepção" a constituição, funcionamento e contratação de empresas dedicadas à desocupación de moradias habitadas por pessoas físicas.

Para Somar, estas entidades operam à margem da lei, suplantando as funções próprias do poder judicial e dos corpos e forças de segurança. Ademais, consideram que vulneram "gravemente" direitos fundamentais como o da inviolabilidad do domicílio ou o direito à integridade física e moral.

Falta de medidas

O grupo parlamentar reconhece que o Código Penal já sanciona muitas das condutas utilizadas por estas empresas como coacções, ameaças ou allanamiento.

No entanto, recalca que a experiência prática demonstra que ditas figuras delictivas "não são suficientes para impedir que estas estruturas mercantis sigam actuando com aparente legalidade". Por este motivo, Somar procura sua "proibição total" de forma análoga a como o ordenamento proíbe outras actividades estruturalmente ilícitas.

Fachada de la Casa Orsola en Cataluña, una de las CCAA con más viviendas okupadas / Lorena Sopêna - EP
Fachada da Casa Orsola em Cataluña, uma das CCAA com mais moradias okupadas / Lorena Sopêna - EP

Outras medidas sancionadoras

A coalizão de partidos acrescenta a seu argumento que estas empresas actuam baixo um discurso que deslegitima a quem habitam uma moradia sem título legal sem atender a suas causas nem a sua dignidade e promovem um modelo de "segurança privada à margem da lei" que socava os princípios básicos do Estado de Direito e a garantia judicial efetiva.

Neste sentido, a emenda pretende a proibição destas empresas, de sua publicidade, bem como um regime sancionador eficaz e uma cláusula de fechamento que impede seu reconstitución baixo outras formas jurídicas ou mediante testaferros.

Inhabilitaciones para os participantes

Além de multas, Somar propõe que a realização de qualquer actividade relacionada com estes grupos suponha a inhabilitación da empresa ou das pessoas envolvidas em ditas acções para constituir, administrar, representar ou colaborar de forma direta ou indirecta em nenhuma entidade que preste serviços relacionados com o sector imobiliário, a segurança ou a vigilância, durante um período dentre sete e dez anos.

Também se propõe a proibição de contratar com o sector público durante o mesmo período e, em caso que se produzam acções constitutivas de delito como coacções, ameaças ou allanamiento de morada, se actue segundo o qualificado no Código Penal.