Alertam da fraude do CEO: "A chave está nos novos empregados"
As autoridades aconselham respeitar estritamente os procedimentos de segurança vigentes para os pagamentos e compra-las da cada empresa

LinkedIn é uma rede social focada no mercado trabalhista e o desenvolvimento das carreiras profissionais, mas na que também se publicam conselhos, reflexões mais ou menos profundas e advertências. É o que tem feito Fernando Isorna Llerena, chefe do Área de Energia e Medioambiente do Instituto Nacional de Técnica Aeroespacial (INTA).
"Quero compartilhar por este meio a fraude que sofreu um de meus colegas na semana passada. É o que se conhece como 'Fraude do CEO' e que, lamentavelmente, se está a repetir muitíssimo", alertou este experiente.
Suplantación da entidade de um diretor
Trata-se de uma modalidade de fraude que começa quando os ciberdelincuentes identificam a alguém que acaba de entrar numa companhia ("possivelmente através de LinkedIn", aponta Isorna). A seguir, conseguem seu e-mail e escrevem-lhe fazendo-se passar por um diretor importante da entidade. Fazem-no pedindo-lhe "um favor urgente", e tratam de dar verosimilitud a seu texto alegando que o diretor em questão "está numa reunião".

Depois disto, falam por WhatsApp (a vítima não suspeita, já que o estafador toma a foto de LinkedIn do diretor). No caso denunciado por Isorna, o delinquente pediu ao receptor da mensagem que fosse "a um estanco ou grande superfície a comprar um cartão de Apple ou similar (cartão presenteio)". "Muito urgente, porque é para um cliente", agregava. Por último, a vítima efectua compra-a, envia ao estafador o código correspondente... e adeus muito boas.
Vontades de agradar
"A chave está em que elegem a pessoas que acabam de entrar na companhia, que não têm meu número de telefone e, por suposto, sim vontades de agradar e fazer um favor ao chefe", alertava Isorna.
As autoridades conhecem bem este tipo de fraude, que está, por desgraça, muito estendida. "A fraude do CEO tem como objectivo enganar a empregados que têm acesso aos recursos económicos para que paguem uma factura falsa ou faça uma transferência desde a conta da companhia", alerta Europol.

Sinais de alerta
Estas são os sinais que deveriam acordar os alarmes, segundo Europol:
- Telefonema telefónico ou correio não solicitado
- Pressão e carácter de urgência
- Comunicação direta com um alto cargo com o que normalmente não estás em contacto
- Solicitação fora de lugar que contradiz os procedimentos internos
- Solicitação de absoluta confidencialidade
- Ameaças, comentários aduladores ou promessas de recompensa

Respeitar os procedimentos de segurança
Por isso, convém respectar estritamente os procedimentos de segurança vigentes para os pagamentos e as compras da cada empresa.
"Não te saltes nenhum passo e não cedas à pressão. Revisa sempre com cuidado as direcções de correio quando manejes informação delicada ou faças transferências. Em caso de dúvida sobre uma ordem de transferência, consulta a um colega experiente", aconselha Europol.