Adeus ao spam telefónico? A CNMC adverte às empresas de luz e gás por seus telefonemas comerciais
A entidade recomenda que se gravem de forma íntegra, e recorda que observar a protecção do consumidor é responsabilidade das comercializadoras

Os espanhóis seguem sofrendo o spam telefónico. Apesar das leis aprovadas para combatê-lo e dos toques de atenção de diversas entidades, estes molestos telefonazos de empresas de todo o tipo continuam irritando aos consumidores.
Em julho, uma encuesta a nível nacional realizada por FACUA-Consumidores em Acção revelou que, um ano após a entrada em vigor da proibição, o 98,3% dos consumidores seguia recebendo telefonemas comerciais não solicitadas.
As empresas seguem chamando
Ademais, quase o 70% dos afectados contactados por Facua assegurava ter solicitado ao teleoperador, expressamente mas sem sucesso, que não voltassem a lhe molestar.

Por isso, a entidade pediu ao Governo que estendesse aos serviços de telecomunicações, financeiros, alarmes e seguros a proibição dos contratos fruto de telefonemas telefónicos não solicitadas.
Toque de atenção da CNMC
Agora, a Comissão Nacional dos Mercados e a Concorrência (CNMC) tem apremiado às comercializadoras de electricidade e gás a que "controlem a suas forças de vendas".
Os questionários remetidos às dez maiores comercializadoras, as denúncias de particulares e a coordenação com administrações e associações de consumidores têm permitido à CNMC analisar como actuam os agentes comerciais destas empresas.
Comerciais próprios e externos
Assim, a entidade expõe que a maioria das companhias têm comerciais próprios e externos (alguns dos quais não residem em Espanha, como tem comprovado este meio) que geralmente contactam com os clientes através do canal telefónico.

Todas impõem a seus agentes externos cláusulas contra a venda abusiva e fraudulenta, e algumas levam a cabo controles de qualidade dantes da activação do fornecimento, comprovando os dados do contrato e a documentação que acredite o consentimento.
Os controles não se aplicam
Em general, a CNMC considera que as comercializadoras dispõem de suficientes controles e mecanismos para evitar a actividade comercial irregular, mas às vezes olham para outro lado: "Em alguns casos, não estariam a aplicar esses controles de forma diligente porque estas práticas persistem", afirma.
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Por isso, a CNMC reitera sua proposta de que se obrigue às companhias a gravar integralmente os telefonemas comerciais (desde o início da acção comercial), recorda que a legislação estabelece que a obrigação de observar a protecção do consumidor é responsabilidade das comercializadoras e adverte de que continuará vigilante, supervisionando o controle que realizam as comercializadoras a suas equipas de venda.