Confirmado por experientes: os dados de teu RG que jamais deves compartilhar
Como funciona, diferenças com o RG físico e conselhos para proteger tua identidade on-line

A chegada do RG Digital a Espanha —com sua primeira fase operativa desde abril— tem aberto uma nova via para identificar-nos: através de uma app móvel, os cidadãos podem gerar códigos QR para identificação presencial mediante a funcionalidade 'MiDNI'.

No entanto, neste arranque o documento eletrónico mantém limitações importantes: não serve ainda para viajar nem para tramitar gestões administrativas, a diferença do RG físico. Espera-se que o sistema vá incorporando funções com o tempo, mas pelo momento convém conhecer que pode e daí não pode se fazer com ele.
Que muda com respeito ao RG físico? É mais difícil suplantar identidade com o móvel?
O principal avanço é a comodidade, o móvel pode substituir a apresentação presencial do documento mediante um código QR. Não obstante, essa comodidade não elimina as diferenças legais e de uso. O RG físico segue sendo o único válido para determinados trâmites e deslocações, enquanto a versão digital encontra-se numa fase de despliegue com funcionalidades limitadas.

O risco de suplantación existe tanto com o RG em papel como com sua versão digital, mas adopta formas diferentes. Se roubam-te o documento físico, uma pessoa com verdadeiro parecido pode usar a fotografia para fazer-se passar por ti em comércios ou outros pontos de verificação.
No caso da app do RG eletrónico, esse ataque só funcionaria se o dispositivo não conta com protecções básicas: por exemplo, bloqueio de ecrã e criptografado. Para usar o RG digital desde um telefone roubado teria que aceder primeiro ao conteúdo do dispositivo, o que acrescenta uma capa extra de defesa com respeito ao documento físico.
Que passa quando viajas ou reservas alojamento?
Ao reservar um hotel ou alugar um apartamento é habitual que solicitem o RG como parte do registro do hóspede. Ainda que a petição é legítima, a forma em que compartilhamos uma cópia do documento pode abrir a porta a usos indevidos. Facilitar uma imagem do RG sem aplicar medidas mínimas de protecção pode permitir que terceiros realizem gestões em teu nome.

Regras práticas para compartilhar teu RG (segundo experientes e forças de segurança)
Especialistas em tecnologia e as forças e corpos de segurança recomendam medidas singelas e efetivas dantes de enviar uma imagem do documento:
-Converte a imagem a escala de cinzas, es melhor enviar a cópia em alvo e negro, ajuda a deixar claro que se trata de uma fotocopia e não do original.
-Oculta os dados desnecessários. Deves tampar ou "pixelar" elementos sensíveis como o número de suporte, o código CAN, a assinatura ou a fotografia, reduz a superfície de ataque.
-Mostra só o imprescindível: Conserva à vista unicamente a informação que exige a gestão concreta.
-Acrescenta um texto explicativo sobre a imagem: incluir uma lenda que explique por que se está a compartilhar o documento (por exemplo: "Registro Airbnb — reserva X") dificulta sua reúso para outros fins.
-Fazer uma marca de água e plantilla. Como? Basta com inserir uma marca de água ou preparar uma plantilla digital com as modificações necessárias permite reutilizá-la de forma segura para diferentes trâmites sem expor o RG original.
Estas pautas estão pensadas para minimizar o risco de que uma cópia do RG termine em "lugares pouco seguros" ou seja empregue de maneira fraudulenta.
Quem nos pode pedir o RG?
Unicamente pode-se-nos requerer uma cópia do RG quando exista uma causa justificada e esteja amparada pelo regulamento. Um exemplo claro é a abertura de uma conta bancária: nesse caso, a entidade financeira está obrigada a verificar a identidade do cliente.

Assim o estabelece o artigo 4 da Lei de Prevenção do Blanqueo de Capitais, que obriga aos bancos a comprovar os dados de quem contratam seus serviços utilizando o documento nacional de identidade.
Por que é importante proteger estes dados
A rápida evolução das fraudes digitais tem deslocado muitas ameaças tradicionais para o âmbito on-line. Segundo o Relatório sobre a Cibercriminalidad em Espanha 2022, as forças e corpos de segurança do Estado registaram um incremento de 22% em ciberdelitos em 2022, com 374.737 incidentes. Em 2023 registaram-se 470.388 ciberdelitos em Espanha e em 2024, a cifra baixou ligeiramente a 465.838 ciberdelitos, mas segue sendo bastante abultada.
O relatório aponta ademais que as fraudes —englobadas como fraude informática— supuseram o 90% desses delitos, crescendo um 26% com respeito a 2021. Ante esta realidade, a comunicação e as recomendações preventivas por parte dos corpos policiais intensificaram-se.
Digital sim, mas com cabeça
O RG Digital supõe um passo adiante na modernização da identificação cidadã, mas não elimina a necessidade de adoptar boas práticas digitais.
Tanto se usas o documento físico como sua versão eletrónica, protege-te: bloqueia e cifra teu telefone, compartilha só o imprescindível e edita em cores qualquer imagem do RG dantes da enviar. Preparar uma plantilla segura e aplicar marca de água são medidas singelas que reduzem de forma notável a probabilidade de fraude.