Oficial: Elon Musk anuncia o lançamento de conexão móvel por satélite: "É o salto definitivo"

T-Mobile e Starlink lançam uma rede satelital que oferece cobertura móvel em zonas remotas sem necessidade de torres nem equipas especiais

 (1500 x 1000 px)   2025 08 01T132912.891
(1500 x 1000 px) 2025 08 01T132912.891

Vivemos em era-a da hiperconexión, onde estar comunicados já não é um luxo, sina uma necessidade quotidiana. No entanto, ainda existem pontos do planeta onde o sinal simplesmente não chega. Agora, uma aliança estratégica entre T-Mobile e Starlink está a pu

O 23 de julho marca o lançamento oficial de T-Satellite, um serviço que promete levar sinal móvel inclusive aos lugares mais remotos, graças à rede satelital de Starlink, a constelação de milhares de satélites de órbita baixa desenvolvida por SpaceX, a empresa de Elon Musk.

A nova fronteira da conectividade: como T-Mobile e Starlink estão a eliminar as zonas sem cobertura

A novidade? Não se trata de uma solução limitada a emergências nem exclusiva de certos dispositivos. Qualquer pessoa com um smartphone moderno —fabricado nos últimos quatro anos— poderá utilizar esta conectividade sem necessidade de antenas adicionais nem mudanças de operador. A assinatura custará 10 dólares ao mês, e estará aberta inclusive a utentes que não sejam clientes de T-Mobile.

Publicidad en Castellano de T-Mobile/ es.t-mobile.com
Publicidade em Castelhano de T-Mobile/ es.t-mobile.com

Em sua primeira fase, o serviço permitirá o envio de mensagens de texto desde qualquer lugar do mundo, inclusive quando não tenha cobertura móvel tradicional. Mas isso é só o começo: para o 1 de outubro, espera-se habilitar navegação por internet e compatibilidade com aplicativos populares como WhatsApp ou X (dantes Twitter).

E em que se diferencia do que já oferecia Apple?

Conquanto Apple introduziu em 2022 uma função de mensagens via satélite para situações de emergência, seu uso está limitado aos utentes de iPhone, e em contextos muito específicos. A diferença finque de T-Satellite é sua vocação de serviço universal e contínuo: está pensado para qualquer que precise permanecer conectado, em qualquer lugar e em qualquer momento, sem depender do tipo de contrato ou marca de dispositivo.

Ademais, apoia-se numa infra-estrutura em massa e consolidada: Starlink já conta com mais de 7.000 satélites ativos e milhões de utentes que têm provado sua rede com resultados sólidos, segundo cifras oficiais.

Uma revolução com impacto colateral: a advertência dos astrónomos

Mas não tudo são boas notícias. A expansão do internet satelital tem gerado um debate crescente na comunidade científica, especialmente no campo da astronomia. Um estudo recente da Universidade de Curtin, em Austrália, analisou mais de 76 milhões de imagens astronómicas, revelando que até um 30% dos dados apresentavam interferências causadas por sinais não intencionadas dos satélites Starlink.

Estas emissões acidentais —que invadem frequências reservadas para a radioastronomía— estão entorpeciendo observações fundamentais para o estudo do universo. "Não podemos as antecipar nem as filtrar, porque não fazem parte de sinais deliberados", explicou Dylan Grigg, um dos cientistas responsáveis do estudo.

Tecnologia sem regulação clara

Apesar da evidência, Starlink não está a infringir nenhum regulamento vigente. A União Internacional de Telecomunicações (UIT), organismo que regula as emissões satelitales, não contempla actualmente as emissões não intencionales em suas políticas. Desde a comunidade astronómica esperam que este novo relatório impulsione uma actualização das regulações para garantir que a inovação não se converta num obstáculo para a investigação científica.

Steven Tingay, diretor do Instituto de Radioastronomía de Curtin, assegurou que o diálogo com SpaceX tem sido construtivo e que se estão a explorar soluções para minimizar o impacto sem frear o desenvolvimento tecnológico.

Podemos tê-lo tudo?: O dilema da conectividade total

A promessa de conexão global em tempo real está mais perto que nunca. T-Satellite representa um avanço crucial para um mundo verdadeiramente interconectado, sem importar a localização geográfica. Mas também nos enfrenta a um dilema inevitável: como equilibramos o progresso tecnológico com o respeito ao conhecimento científico e ao meio espacial?

Como em toda grande inovação, a chave estará em encontrar um ponto médio entre a eficiência, a ética e a sustentabilidade. Por agora, o futuro da comunicação se eleva para além das torres… e se escreve entre as estrelas.