As chaves para entender a etiqueta de teu protetor solar, segundo a farmacêutica Pilar Pérez
A experiente revela a Consumidor Global quais são os principais danos do sol na pele e as diferenças entre os fotoprotectores de supermercado e de farmácia

O verão é sinônimo de praia, terraços e passeios intermináveis ao ar livre. Mas também é a época na que mais castigamos nossa pele. As queimaduras solares, as manchas e o envejecimiento prematuro são algumas das consequências de uma exposição solar inadequada.
Em 2024, em Espanha diagnosticaram-se 20.854 novos casos de cancro de pele, segundo dados do Observatório do Cancro da Associação Espanhola Contra o Cancro (AECC). Usar protetor solar é imprescindível, mas fazê-lo mau ou directamente não o fazer é mais comum do que parece.
Um escudo contra o sol
Não há melhor defesa em frente à radiação que a fotoprotección. Agora bem, entender a etiqueta dos produtos solares e conhecer os erros mais habituais ao os aplicar é fundamental para proteger a pele de forma eficaz.

Consumidor Global tem entrevistado à farmacêutica e CEO de Albalab Bio, Pilar Pérez, quem desvela as diferenças entre os protetores solares de farmácia e os de supermercado, e compartilha vários conselhos finque para manter a pele a salvo.
Efeitos negativos do sol na pele
"A exposição solar acumulada é a principal causa do envejecimiento cutáneo prematuro. E mais importante ainda, é um factor finque no desenvolvimento do cancro de pele", explica Pérez.
Ainda que durante os meses estivales a radiação é mais intensa, a experiente faz questão de que devemos proteger a dermis a diário durante todos os meses do ano. "Proteger-nos não é só uma questão estética, é saúde!", acrescenta.
Os erros mais comuns com o protetor solar
Pôr-se protetor solar não sempre equivale a estar bem protegido. "Um das falhas mais comuns é aplicar pouca quantidade. Para o rosto, precisamos ao menos o equivalente a uma cucharilla de café", adverte Pérez. A isto se suma a falta de reaplicación a cada duas horas, sobretudo se nadamos, suamos ou nos tocamos a cara com frequência.

Também não devemos confiar cegamente em produtos como o maquillaje com SPF ou em protetores solares do ano anterior sem revisar seu caducidad. Ademais, muita gente prescinde de protecção em dias nublados ou quando está na cidade, esquecendo que "os raios UVA estão presentes todo o ano, atravessam as nuvens e os cristais", segundo explica a farmacêutica.
FPS, UVA e UVB: Que significam?
O FPS (Factor de Protecção Solar) indica quantas vezes mais tempo se pode estar ao sol sem se queimar em comparação com a pele sem protecção. "Por exemplo, se queimas-te em 10 minutos, um FPS 30 proteger-te-ia teoricamente durante 300 minutos", explica Pérez. No entanto, na prática este tempo reduz-se por factores como o suor, o água ou o roce.
Quanto aos tipos de radiação, os raios UVB são os que provocam queimaduras e estão mais presentes em verão. Os UVA, no entanto, penetran mais profundamente e são os grandes responsáveis pelo envejecimiento cutáneo. "Um bom protetor solar deve cobrir ambos tipos de raios", insiste a farmacêutica.

Protetores solares de supermercado ou farmácia
Ainda que todos os protetores solares devem cumprir uns regulares mínimos, as diferenças entre os de farmácia e os de supermercado vão para além do preço. Pérez indica que "as fórmulas de farmácia costumam ter texturas mais ligeiras e sensoriales, melhor estabilidade e mais ativos acrescentados, como antioxidantes ou calmantes", indica Pérez.
Ademais, estas marcas investem mais em investigação dermatológica e provas de tolerância. "Em peles sensíveis, gorduras ou com manchas, a diferença sim nota-se", acrescenta a experiente.
Novos formatos: 'sticks', brumas e com cor
A inovação tem trazido consigo novos formatos de protecção solar que se adaptam às diferentes necessidades. Não obstante, "os cremes seguem sendo a forma mais fiável para assegurar uma quantidade adequada, mas os sticks são ideais para reaplicar em zonas sensíveis como lábios ou nariz", sugere a farmacêutica.

Por sua vez, as brumas resultam cómodas, ainda que podem perder eficácia se não se aplica a quantidade correta ou se há vento. Quanto aos solares com cor, oferecem uma dupla vantagem: protecção solar e cobertura em frente à luz visível, o que os faz perfeitos para quem procuram unificar o tom de pele sem renunciar ao cuidado.
Para além do SPF: cuidados essenciais
O cuidado da pele em verão não termina com o protetor solar. "É fundamental uma limpeza suave pela manhã e a noite, porque o suor e os filtros solares podem obstruir os poros", assinala Pérez. Também recomenda hidratar adequadamente, inclusive em peles gorduras, com texturas ligeiras ou oil-free.
Outros aliados veraniegos são as brumas calmantes, as águas termales e as mascarillas reparadoras, que refrescan e regeneram a pele. E não há que esquecer a alimentação: uma dieta rica em antioxidantes, como as frutas vermelhas, o tomate ou o aguacate, e uma boa hidratación contribuem a proteger a pele desde dentro.