A predição de Elon Musk sobre o futuro dos meios: "Internet vai revolucioná-lo tudo"

É um visionario tecnológico ou milionário excêntrico? Desvelamos-te a escalofriante predição de Elon Musk sobre o rumo dos meios de comunicação

Elon Musk, propietario de la red social X   Britta Pedersen   EP
Elon Musk, propietario de la red social X Britta Pedersen EP

lon Musk não deixa a ninguém indiferente. Amado e criticado a partes iguais, o empresário por trás de gigantes como Tesla, SpaceX ou Neuralink tem demonstrado em múltiplas ocasiões que sua capacidade para antecipar às mudanças tecnológicos vai para além do comum. Mais que um empresário, Musk tem sido um observador agudo das tendências sociais e tecnológicas, e suas predições, algumas formuladas décadas atrás, hoje cobram uma vigência surpreendente. Sua maneira de interpretar para onde se dirige o mundo digital o converteu numa figura quase profética no meio tecnológico atual.

Uma de suas afirmações mais impactantes ocorreu em 1998, quando a rede ainda era um território por explorar para a maioria. Nesse momento, Musk já falava do poder de Internet para transformar radicalmente o ecossistema mediático. Hoje, essa ideia parece evidente, mas naquele tempo foi recebida com cepticismo.

Elon Musk e seu escalofriante predição: como predisse a transformação dos meios

No final dos anos noventa, quando o acesso ao site era limitado e os meios tradicionais ainda reinavam, Musk assegurava que Internet não só evoluiria como ferramenta de comunicação, sina que marcaria um dantes e um depois na forma em que as pessoas se informavam. Para ele, a rede seria "o conjunto total de todos os meios existentes", e não só isso: também seria o agente de mudança que poria fim aos modelos tradicionais tal como os conhecíamos.

Numa entrevista recuperada recentemente pelo próprio Musk, o empresário já adiantava que a rede permitiria um tipo de consumo informativo completamente novo: personalizado, instantâneo e interactivo. "Internet é tanto o combustível como o ponto final para os meios de comunicação", dizia. O que soava a ciência ficção hoje é uma realidade evidente. Plataformas como YouTube, redes sociais, pódcast e meios digitais têm reconfigurado o modo em que as pessoas se relacionam com a informação.

Por que Elon Musk foi um adiantado a seu tempo?

Por questões óbvias, internet em 1998 não era nem por assomo o que é hoje em dia. De facto, teve muita razão por que a televisão, a rádio e inclusive a imprensa escrita se viram obrigadas a se adaptar a esta nova dinâmica para sobreviver.

Inclusive os meios mais tradicionais digitalizaram-se, com estratégias centradas em conteúdo audiovisual, boletins por correio, e algoritmos que priorizan a viralidad em frente à profundidade informativa. Esta evolução, ainda que cheia de vantagens, também tem gerado debates sobre a qualidade do conteúdo, a desinformación e o poder das grandes plataformas tecnológicas para influir na opinião pública.

E daí papel joga a Inteligência Artificial? O futuro que nos espera, segundo Musk

Mas a mirada futurista de Elon Musk não termina na transformação dos meios. Em seus últimos aparecimentos públicos, como durante o evento Viva Tech celebrado em Paris, tem deixado entrever uma preocupação (ou advertência) mais profunda: o impacto da inteligência artificial no emprego humano.

Musk vaticina que, nas próximas décadas, a automação impulsionada pela IA eliminará a necessidade de que os humanos trabalhem na maioria de sectores. "É provável que, num futuro não muito longínquo, ninguém precise ter um emprego", tem dito. Isto abriria a porta a uma reordenação total da economia global e do modo em que entendemos a produtividade e o valor humano. Se em 1998 sua predição sobre os meios parecia arriscada, hoje estas novas afirmações sobre a IA propõem um palco igual de disruptivo.

O presente já é digital

Elon Musk não só tem predito a transformação digital; também tem sido protagonista dela. Sua recente aquisição de Twitter, agora rebaptizado como X, lhe permitiu exercer um papel ativo na conversa pública global. A plataforma converteu-se em sua tribuna e, a sua vez, num laboratório para pôr em prática algumas das ideias que tem defendido desde faz anos sobre a descentralização da informação e o poder das redes sociais.

O que em seu momento foram declarações arriscadas, hoje servem como lembrete de que o mundo digital avança mais rápido do que imaginamos. E se algo fica claro, é que Musk não só observa o futuro: actua sobre ele.