A revelação de Beyoncé sobre sua saúde mental: "Estou a aprender a romper o ciclo"

Beyoncé retirou-se temporariamente do foco público para priorizar sua saúde mental e física: descobre as razões por trás de sua pausa e como redefiniu o autocuidado ao igual que fizeram outros artistas

Beyoncé en una gala CONTACTOPHOTO
Beyoncé en una gala CONTACTOPHOTO

A saúde emocional segue sendo uma matéria pendente em muitas sociedades. Em Espanha, mais da metade da população —seis em cada dez pessoas está preocupada, triste ou deprimida— afirma sentir-se decaída, preocupada ou num estado de ânimo baixo. No entanto, falar abertamente sobre saúde mental segue sendo difícil para muitas pessoas.

Ainda que segundo o relatório de Mútua Madrilena, ao redor de 12 milhões de espanhóis, equivalente ao 26,2 % da população, tem assistido a um profissional de saúde mental em algum momento de forma pontual, dados que contrastam com os do Barómetro Sanitário do CIS em 2024 que revelava que finalmente só um 17,8 % dos interrogados disse ter procurado ajuda profissional para valer.

Falar de saúde mental sem medo: as chaves que nos recordam as figuras públicas

Por que ocorre isto? Segue talvez pesando o estigma? Experientes e figuras públicas fazem questão da urgência de visibilizar estes temas e abordar desde uma perspectiva sã de tomada de consciência de todas as arestas que esconde o tema da saúde mental.

Desde centros especializados como a Clínica López Ibor – centro onde se internou voluntariamente Alba Carrillo, presentadora do reality de Netflix chamado Jogando com fogo, depois de uma dolorosa ruptura— recorda que as alterações psicológicas afectam a para perto de 1.000 milhões de pessoas em todo mundo. Entre os quais se encontram os famosos.

Celebridades que inspiram falando de saúde mental

O dado mais alarmante: segundo a Organização Mundial da Saúde, a metade dos transtornos mentais manifestam-se dantes dos 14 anos, e só o 75 % dantes dos 18. Esta realidade sublinha a necessidade de contar como nos sentimos para intervir de forma temporã e com ferramentas adequadas.

Nos últimos anos, muitas pessoas conhecidas têm começado a usar sua visibilidade para normalizar o que dantes era tabu. Mostrar sua vulnerabilidade tem sido uma forma poderosa de ligar com quem vivem realidades similares e não se atrevem ao contar.

Beyoncé: o autocuidado como prioridade

Em 2011, Beyoncé reconheceu que seu exigente ritmo profissional lhe estava a passar factura. Depois de uma gira intensa e uma sucessão de apresentações em tapetes vermelhos e prêmios, sua mente e corpo "começavam a despistarse": "Não sabia nem que dia ou cidade era", explicou. Sua mãe recomendou-lhe tomar um ano sabático — e fazer. Desde este parón, a superestrella tem deixado de aceitar "prazos irreales" para priorizar seu bem-estar.

A artista revelou que se afastar temporariamente dos focos foi uma decisão consciente para preservar seu equilíbrio emocional. "Estou a aprender a romper o ciclo. Durante muito tempo senti que devia o sustentar tudo: minha família, minha carreira. Não me dava conta do custo que isso tinha para meu corpo e minha mente", confessou. Para ela, a saúde mental é uma parte essencial do autocuidado.

Ángel Martín: uma história de superação

O comunicador e humorista espanhol tem compartilhado sua experiência com a saúde mental de forma clara e direta. Em seu livro Por se as vozes voltam, relata o episódio psicótico que viveu em 2017 e seu posterior rendimento hospitalario.

Seu depoimento não só visibiliza uma realidade silenciada como é a de sofrer uma crise mental, sina que oferece ferramentas práticas que lhe ajudaram a se reconstruir.

Paris Hilton: transformar o diagnóstico em motor de vida

A empresária e celebridad estadounidense tem feito pública sua condição de TDAH (Transtorno por Déficit de Atenção e Hiperactividad). Para Hilton, este diagnóstico, longe de ser um obstáculo, tem sido um impulso:

"Minha mente vai em ziguezague, e isso me permite criar, ligar e me antecipar". Não obstante, também reconhece que lidiar com seu diagnóstico pode ser esgotador e que há dias mais difíceis que outros.

Selena Gomez: constancia e compromisso com o bem-estar

A actriz e cantora tem dado passos importantes ao falar de seu transtorno bipolar, a ansiedade e a depressão que enfrenta desde a adolescência.

Em entrevistas e em seu documentário pessoal, Selena tem fazer# questão de que o tratamento é constante: "Não há soluções mágicas. Ainda há dias onde levantar da cama custa". Para ela, o acompanhamento médico e emocional é essencial em sua rotina.

Emma Stone: resignificar a ansiedade

Desde os sete anos convive com ataques de pânico. Emma tem explicado como a ansiedade, longe da paralisar, a obrigou a se manter em movimento. "Há algo quase positivo nela: empurra-te a avançar", compartilhou numa entrevista.

https://www.youtube.com/watch?v=rrbjdj6n5kq

Sua forma de normalizar episódios como o que viveu publicamente durante a entrega dos Oscar 2024 tem sido aplaudida por mostrar que a ansiedade pode estar presente inclusive em momentos de sucesso.

A importância de visibilizar o invisível

A cada uma destas vozes tem contribuído a abrir um espaço de conversa honesta sobre um tema que nos concierne a todos. A saúde mental não é um luxo nem uma debilidade: é uma necessidade básica. Reconhecer quando algo não vai bem, pedir ajuda profissional e se apoiar em redes de confiança são actos de valentia.

Como sociedade, só poderemos avançar se tratamos os transtornos mentais com a mesma legitimidade e dignidade com a que falamos de qualquer outro aspecto da saúde. Mas falar, compartilhar e escutar segue sendo o primeiro passo para sanar.