Sabes que é realmente um alimento processado? A maioria não o tem claro
Os consumidores admitem dúvidas sobre as etiquetas, enquanto os experientes destacam a importância de "dissipar" as notícias falsas que se geram sobre este âmbito

Apesar de que existe um interesse genuino pelo âmbito da alimentação e a saúde, qualquer pode se converter num pseudo experiente em plataformas como TikTok, Instagram ou YouTube e oferecer conselhos contraproducentes. Com tudo, a maioria dos consumidores segue as recomendações das autoridades para evitar os riscos alimentares. Essa é uma das conclusões de um relatório apresentado recentemente pela Federação Espanhola de Sociedades de Nutrição, Alimentação e Dietética (Fesnad), que celebrou faz uns dias a jornada Processando segurança, sustentabilidade e saúde.
No evento apresentaram-se os dados de uma encuesta destinada a conhecer a opinião dos consumidores sobre o processamento de alimentos. Participaram na sondagem umas 600 pessoas, com um perfil universitário ou de posgrado, e em sua maioria residentes em lares de quatro membros.
Informação negativa ou alarmista
O relatório recolhe que o 86% dos consumidores ainda se mostra confundido sobre que é um alimento processado e qual é seu impacto na saúde. Nesta linha, muitos opinam que a informação sobre o processamento dos alimentos é, em muitas ocasiões, negativa ou inclusive alarmista.

As fontes mais consultadas são as etiquetas dos produtos e os profissionais sanitários, ainda que a maioria demanda uma comunicação mais clara nas etiquetas. Assim mesmo, reclama um maior envolvimento do sector agroalimentar à hora de explicar o processamento em termos de saúde.
Dissipar notícias falsas
Precisamente sobre a informação, o diretor Geral de Alimentação, José Miguel Ferreiro, tem destacado a necessidade de "dissipar" as notícias falsas que se geram sobre a alimentação e de fazer da mão das sociedades científicas e de informação com rigor.
Por sua vez, a secretária da Fesnad, Mercedes López-Pardo, tem querido lançar uma mensagem de acalma e tem sublinhado os benefícios que têm estes produtos. "Sem o processamento dos alimentos não poder-se-ia assegurar o direito da população a uma alimentação variada, nutritiva e asequible", tem afirmado.

Produtos a cada vez melhores
López-Pardo tem recordado que "levamos toda a vida processando os alimentos" e que isto tem possibilitado os produtos sejam "a cada vez melhores e a mais qualidade". Ademais, tem agregado, "há legislações" que o regulam.
A diretora executiva da Fundação Triptolemos, Yvonne Colomer, tem precisado que "não há produtos maus per se" e tem recomendado falar de doses, ao mesmo tempo que tem situado à União Européia (UE) à cabeça dos regulares de qualidade em segurança alimentar.