Santiago Segura: "Que maior prêmio há que dois milhões de pessoas vão ver um filme minha?"

A quinta e última entrega da exitosa saga familiar do actor e roteirista chega aos cinemas o 26 de junho, respaldada pelo cariño do público e o sucesso em bilheteira

El actor y director Santiago Segura posa durante el pase gráfico de la película “Padre no hay más qu
El actor y director Santiago Segura posa durante el pase gráfico de la película “Padre no hay más qu

Depois de conquistar a bilheteira em quatro ocasiões consecutivas, Santiago Segura regressa aos cinemas com Pai não há mais que um 5: Ninho repleto, o esperado desvincule de uma saga que tem feito história no cinema espanhol. O filme, que se estreia o próximo 26 de junho, mantém a fórmula que tem encandilado ao público: humor costumbrista, situações familiares reconocibles e uma partilha que tem crescido com a cada entrega.

"Que maior reconhecimento há que dois milhões de pessoas decidam que no verão, um de seus planos é ir ver um filme minha?", pergunta-se Segura, actor, diretor e roteirista da exitosa franquia. E é que, ainda que seu cinema tem sido ignorado pelos grandes prêmios académicos, ele não o vê como uma preocupação. "Eu esse reconhecimento não o mudo por nenhum outro. Que me vão dar, uma medallita?", acrescenta com seu característico sentido do humor.

A comédia nacional mais taquillera

A quarta entrega da saga, Pai não há mais que um 4, se converteu na comédia nacional mais taquillera de 2024, lucro que lhe valeu a Segura o Prêmio EGEDA nos Prêmios Berlanga. Ao recolher o galardão, celebrou que se tratasse de um prêmio "objectivo", à margem de valorações subjetivas. "O melhor filme não sempre é a mais taquillera, mas a mais taquillera sempre é a mais taquillera", reflexionou.

 

Nesse sentido, o cineasta propõe a possibilidade de que a Academia de Cinema inclua uma categoria que reconheça os lucros em bilheteira: "O cinema comercial é indústria também", defende, ainda que enfatiza que não espera que o façam por ele. "Parecer-me-ia absurdo pedir incluir uma categoria na que possa entrar eu. Que façam o que queiram. Se fizessem-no, não parecer-me-ia mau porque faz sentido", enfatiza.

A partilha

Com Ninho repleto, a saga despede-se do público que a acompanhou durante cinco entregas. "Escreve-me gente dizendo 'a mim não me incomodes, e o verão que vem, que?'", confessa Segura, emocionado pelo cariño que tem recebido.

A partilha, que já é parte do imaginário popular, conta com nomes como Loles León, Toni Deita, Leio Harlem, Silvia Abril e os jovens Martina D'Antiochia, Acalma Segura e Lua Fulgencio, entre outros. Deita, quem interpreta à esposa de Segura na ficção, destaca que o filme "gerará debates e temas de conversa nas famílias", ao abordar assuntos como o vício às redes sociais. "É o que mais gostamos: contribuir isso", acrescenta.

Fechar o ciclo

"Tudo é inovador e tudo é o mesmo", define Segura ao falar da esencia de seu cinema. "Há uma zona de confort e é agradável saber que vais ver o mesmo, mas diferente. Com chistes novos, personagens que evoluem, mas dentro do costumbrismo", comenta.

Pai não há mais que um 5: Ninho repleto promete fechar o ciclo por todo o alto, com o humor branco e familiar que a caracterizou desde sua primeira entrega. Uma despedida que não precisa galardões para se consagrar, sina a fidelidade de um público que, verão depois de verão, tem enchido as salas.