Admitida a demanda de Isdin contra a OCU por supostos estudos enganosos sobre fotoprotectores
A marca dermatológica do grupo Puig denunciou uma suposta "perseguição" da organização de consumidores contra seus protetores solares e o julgado do Mercantil de Madri estudarão o caso

A Organização de Consumidores e Utentes (OCU) está no ponto de olha pela falta de rigurosidad de seus estudos. A marca dermatológica Isdin denunciou em junho de 2024 à organização presidida por Miguel Ángel Feito por supostos estudos enganosos sobre seus fotoprotectores.
E agora o julgado do Mercantil tem admitido a trâmite a demanda contra a OCU por supostos estudos denigratorios e enganosos para os consumidores.
A demanda de Isdin contra a OCU
A demanda judicial refere-se a um estudo publicado em março de 2024, e a outros anteriores, e denuncia uma suposta "perseguição" da organização de consumidores contra Isdin desde 2019, através da publicação de informações supostamente enganosas para os consumidores.
No escrito apresentado, a multinacional dermocosmética do grupo Puig argumenta que se realizaram práticas desleais de engano e denigración. Por isso, Isdin solicita na demanda a declaração de deslealtad das condutas da OCU e que lha condene a cessar e abonar os danos e prejuízos causados, entre outras.
"Erros metodológicos graves"
Os representantes legais de Isdin sustentam que a OCU não atendeu e fez caso omiso dos ensaios e relatórios que a companhia punha a sua disposição, e que desoyó à Agência do Medicamento e Produtos Sanitários (Aemps), que em várias ocasiões teria desautorizado os estudos da OCU e avalado os dados contribuídos por Isdin.
No relato da demanda, a companhia assinala que o estudo da organização de consumidores apresentava "erros metodológicos graves", e conclui que "as considerações realizadas pela OCU na Campanha de Solares sobre o factor UVA-PF do produto são falsas e denigratorias". Assim mesmo, a marca de Puig denuncia que dita campanha "tem gerado um impacto muito negativo no mercado para Isdin e para o produto, máxime porque se publicou numas datas comercialmente cruciais".
A postura da OCU
Mal umas horas após se dar a conhecer que os julgados do Mercantil de Madri tinham admitido a trâmite a demanda judicial, desde a OCU têm manifestado que em suas análises empregam uma metodologia "contrastada e independente".
Ademais, lamentam que uma empresa questione seu labor recorrendo à via judicial em lugar de contribuir evidências técnicas no marco do debate científico.
A resposta de Isdin
Por sua vez, fontes próximas à companhia têm indicado que precisamente a demanda interposta contra a última campanha da OCU sobre produtos solares está sustentada com estudos científicos e provas de laboratório que têm contado com a aprovação da Agência Espanhola do Medicamento e Produtos Sanitários (Aemps), e fazem questão de que a OCU desoyó dita aprovação ao publicar seu estudo "pese a saber que a Aemps estava a analisar a situação".
No referente ao último relatório da OCU sobre protetores solares, "a Aemps respaldou à companhia após receber seus relatórios e provas de laboratório", assinalam.
A Aemps aprova os protetores solares de Isdin
Na citada campanha 2024, "na que a OCU assegurava que o produto Isdin Fusão WaterMagic SPF +50 não cumpre com o factor de protecção UVA-PF que reivindica em seu etiquetado, a Aemps determinou que os estudos UVA de Isdin, realizados conforme às metodologias ISO 24443 in vitro e ISO 24442 in vivo, apoiavam a reivindicação sobre o factor UVA-PF da etiqueta", expõem fontes próximas à companhia.
Ademais, as mesmas fontes recalcan que a marca dermocosmética "também tem proporcionado novos estudos realizados no lote 30541F. Neste caso, três ensaios segundo a norma UNE-EM-ISO 24443, cujos resultados sustentam as reivindicações do FP-UVA do etiquetado". E concluem que, "após analisar detalhadamente toda a informação disponível, a Aemps continua considerando que não é necessário tomar medidas em frente ao produto Isdin FusionWater Magic SPF 50".