O ERE de Telefónica "não está sobre a mesa"

Fontes sindicais asseguram que a companhia não se pôs em contacto com os representantes dos trabalhadores

La fachada de un edificio de Telefónica   EP
La fachada de un edificio de Telefónica EP

Telefónica tem negado nesta segunda-feira que esteja a valorizar um novo expediente de regulação de emprego (ERE). O próximo 4 de novembro, a empresa apresentará seu novo plano estratégico mas assegura que "não há sobre a mesa a proposta de um ERE neste momento", segundo confirmam fontes do grupo.

A operadora sai assim ao passo de uma informação publicada pela diário Expansão, que apontava a que Telefónica analisava a possibilidade de acometer um novo recorte de plantilla que poderia afectar a uns 6.000 empregados. A companhia faz questão de que actualmente só está a levar a cabo "numerosos análise em todos os âmbitos do grupo".

Os sindicatos não têm sido contactados

Desde o âmbito sindical confirmam que, até o momento, a empresa não se pôs em contacto com os representantes dos trabalhadores para tratar um possível expediente. No entanto, reconhecem que um novo ajuste de pessoal é um palco esperado.

El presidente de Telefónica, Marc Murtra, interviene en Desayunos del Ateneo, a 1 de octubre de 2025 / EP
O presidente de Telefónica, Marc Murtra, intervém em Cafés da manhã do Ateneo, a 1 de outubro de 2025 / EP
 

O presidente de Telefónica, Marc Murtra, participou na passada sexta-feira em 'Os Cafés da manhã do Ateneo'. Foi perguntado sobre a possibilidade de um novo ERE na empresa, ao que contestou que a teleco não comenta em meios públicos sua "forma de gerir". Sem negar a opção de um expediente de regulação de emprego na companhia, o diretor limitou-se a destacar a "grande relação" da empresa com os sindicatos.

O último ERE afectou a mais de 3.400 trabalhadores

O último ERE de Telefónica, assinado em janeiro de 2024, afectou a 3.420 empregados de três principais filiais do grupo (Telefónica de Espanha, Móveis e Soluções). O processo se saldó com uma adscripción voluntária de 106%, já que receberam-se 3.640 solicitações para 3.420 praças disponíveis.

O custo do despedimento coletivo de 2024 teve um custo de ao redor de 1.300 milhões de euros (dantes de impostos) para a companhia, que abonó uma média de uns 380.000 euros por trabalhador. Não obstante, a poupança média para a empresa a raiz do ERE situam-se nuns 285 milhões de euros anuais.