Gonzalo Bernardos sobre a redução da jornada trabalhista: "Os empresários podem e devem fazê-lo"

O reputado economista argumenta por que esta medida aprovada pelo Governo de Espanha deve se implementar sem cair na habitual cantinela catastrofista

El economista Gonzalo Bernardos, un reloj y trabajadores durante la jornada laboral CONSUMIDOR GLOBAL
El economista Gonzalo Bernardos, un reloj y trabajadores durante la jornada laboral CONSUMIDOR GLOBAL

O Governo de Espanha aprovou em maio deste ano o projecto de lei para a redução da jornada trabalhista de 40 a 37,5 horas semanais.

Uma medida que já se implementou com sucesso em países como Islândia e Bélgica, mas que tem sido criticada com dureza (e verdadeiro catastrofismo) desde as organizações empresariais espanholas. O economista Gonzalo Bernardos analisa-o em Consumidor Global.

Gonzalo Bernardos fala da redução da jornada trabalhista

"Que diz a Patronal? Que as empresas não vão aguentar. Que vão desaparecer muitas. É a mesma cantinela de 1983, quando Felipe González instaurou a jornada trabalhista de 40 horas semanais", recorda o economista.

"Teve crise? Não! Desapareceram muitas empresas? Não!", insiste Gonzalo Bernardos, em referência às suspicacias da elite empresarial ante este palco.

"Os empresários podem e devem fazê-lo"

As duas principais razões de Gonzalo Bernardos para que se reduza a jornada trabalhista:

  1. Desde 2003 até 2023 só se reduziram 7 horas anuais.
  2. A produtividade dos trabalhadores, desde 1983 até o 2023, tem aumentado num 53% em Espanha.

Por todo isso, "os empresários podem e devem reduzir a jornada trabalhista de seus trabalhadores", conclui o economista.