Os melhores filmes curtos que podes ver em Filmin

A plataforma de streaming espanhola inclui num novo canal títulos como 'Sopa de Ganso', 'Reality' ou 'Ferve'

Una persona ve una película en Filmin   FREEPIK
Una persona ve una película en Filmin FREEPIK

Dizem que o breve e bom é duas vezes bom, mas é uma máxima que não se pode aplicar ao sempre atrayente mundo do cinema. Contar bem uma boa história requer de algum tempo, e, se o que se procura é produzir uma obra total e subyugante, dessas que deixam ao espectador comovido e inclusive um pouco tocado pela experiência que acaba de viver, o metraje é relevante.

De facto, os filmes que se alçaram com mais prêmios Oscar ao longo da história superam as duas horas e meia de duração: West Side Story (1961) dura 151 minutos, O Senhor dos Anéis: A volta do rei (2003) rebasa as três horas de épica, Ben-Hur (1959) excede as três horas e meia (tudo no filme é grandioso: contou com o maior orçamento que até então tinha tido um filme) e James Cameron precisou 195 minutos para seu Titanic (1997).

Filmes curtos para o verão

Com tudo, o verão, ainda que é uma época na que pelo geral há bem mais tempo livre, convida a desfrutar de conteúdos um pouco mais livianos e, por que não o dizer, breves. Afinal de contas, o estío associa-se com um ambiente mais relaxado, feriado e despreocupado, e os filmes muito longos podem perceber-se por alguns como um ónus mental num momento no que se procura desconexão.

Cartel del canal sobre películas cortas / FILMIN

Cartaz do canal sobre filmes curtos / FILMIN

Conscientes disso, os responsáveis por Filmin têm estreado um canal com os melhores filmes curtos da plataforma. "Muitos pedíei-lo, desde hoje tende-lo", tem explicado em redes sociais Jaume Ripoll, cofundador e diretor editorial da companhia de streaming.

Dos irmãos Marx a Kaurismäki

Estas são algumas dos filmes que aparecem no canal:

  • Falhem Leaves. 81 minutos bastam-lhe a Aki Kaurismäki para configurar uma personalísima comédia dramática que encandila por sua combinação de hermosura e mirada desoladora.
  • Cold War: 88 minutos. Tal e como publicou Joan Colás em Letra Global, este multipremiado filme é de 2018 "e conta uma história de amor entre um diretor de música e uma cantora que se encontram e desencuentran ao longo dos anos. Um percurso pela Polónia dos anos 50 até o final da Guerra Fria que deixa aos espectadores com o coração num punho".
Un fotograma de 'Cold War'
Um fotograma de 'Cold War'
  • Ferve: um maridaje perfeito de adrenalina, tensão e cozinha em mal hora e meia. "Um gastro-thriller rodado em plano sequência no que Stephen Graham encarna a um atribulado chef de um restaurante londrino com estrela Michelin. No curso de uma noite repleta de tensão, deverá fazer frente a todo o tipo de problemas dentro e fora da cozinha", indica Filmin.
  • Reality: 1 hora e 20 minutos nos que Sydney Sweeney interpreta a uma antiga especialista de inteligência acusada de desvelar a influência russa na vitória eleitoral de Donald Trump. É um impactante thriller baseado numa transcrição real de um interrogatório do FBI.
  • Shiva Baby: "Mordaz, selvagem e incómoda. Uma comédia de enredo superlativa que retrata as problemáticas identitarias das famílias judias de Nova York". 1 hora e 17 minutos com Rachel Sennot à frente.
Cartel de Sopa de Ganso
Cartaz de Sopa de Ganso
  • Um deus selvagem: "Baseada numa obra de teatro de Yasmina Reza e com uma partilha de luxo, Polanski realiza uma obra tão hilarante como perturbadora, tão claustrofóbica como inclasificable". 1 hora e 20 minutos nos que se luzem ante a câmara Jodie Foster, John C. Reilly, Kate Winslet e Christoph Waltz. Segundo Carlos Boyero, "é brilhante e malévola, faz sorrir e rir, nunca é previsível". Palavras maiores.
  • Sopa de ganso: clássico entre os clássicos de 70 minutos de duração. Rodada em 1933, "a cume dos irmãos Marx se erigió rapidamente como uma das autênticas obras mestres da história do cinema, título que mantém hoje em dia".
  • Ao final da escapada: uma delícia de Jean-Luc Godard referida uma e outra vez e o filme fundacional da Nouvelle Vague, que em 1960 "erosionou por completo os códigos narrativos tradicionais imperantes no cinema até esse momento".