Michael Ou'Leary, CEO da Ryanair: "Quero que os passageiros voem sem malas"

As declarações controversas do executivo da companhia aérea irlandesa referem-se às sanções impostas pelo Ministério do Consumo por suas supostas práticas “abusivas”.

O diretor executivo da Ryanair, Michael O'Leary, durante uma conferência de imprensa da Ryanair / EUROPA PRESS - EDUARDO PARRA
O diretor executivo da Ryanair, Michael O'Leary, durante uma conferência de imprensa da Ryanair / EUROPA PRESS - EDUARDO PARRA

Ryanair protagonizou uma nova polémica durante o último ano, após que o Ministério de Consumo lhe impusesse uma multa de 107 milhões de euros por supostas práticas "abusivas", entre elas a cobrança pela bagagem de cabine.

Mas, longe de assumir o mea culpa, o extravagante diretor executivo da companhia aérea low cost irlandesa, Michael Ou'Leary, continua a alimentar a polêmica com as suas declarações.

Ou'Leary: "Quero que os passageiros voem sem malas"

O diretor do grupo Ryanair assinalou que a intenção da companhia não é enriquecer com a cobrança das malas e que o seu objectivo é conseguir que os passageiros voem com a menor bagagem possível.

Un pasajero al que Ryanair podría multar / Fotomontaje CONSUMIDOR GLOBAL
Um passageiro que a Ryanair poderia multar / Fotomontagem CONSUMIDOR GLOBAL

"Não quero nenhum dinheiro das malas. Prefiro que os passageiros voem sem malas", realçou durante um encontro com jornalistas na sede da companhia aérea em Dublín (Irlanda), alegando que, com menos malas, o custo de operar um voo é mais baixo, o que se traduz em bilhetes mais baratos.

Ryanair em Espanha

"No final, se olhas o facto de que no ano passado carregamos 60 milhões de passageiros em Espanha, temos um grande apoio em Espanha", afirmou o diretor, afirmando por sua vez que não tem nenhuma dúvida de que resultarão "vencedores" emalongo prazo na batalha pela questão.

Em sua defesa, indicou que transportar malas de cabine "custa dinheiro". "Temos pessoas empregadas para pôr as malas no avião, o avião pesa mais e consome mais combustível", recalçou para justificar a cobrança por este serviço. Por isso, considera que a cobrança por este serviço "extra", que "não procura mais que a eficiência operacional", é necessário para continuar a manter a sua política de tarifas baixas.