Ryanair ameaça com recortar rotas pelo aumento das tarifas de Aena
A aerolínea pede à CNMC recusar o aumento de 6,62% nas tarifas portuárias que tem comunicado Aena

Ryanair protagoniza uma nova polémica. Após que Aena tenha anunciado um incremento de 6,62% de suas tarifas aeroportuarias, a aerolínea irlandesa se pronunciou.
A julgamento da companhia aérea, trata-se de um aumento "excessivo" e "espantoso", tendo em conta que se trata do "nível mais alto numa década". Assim, a companhia capitaneada por Michael Ou'Leary tem optado por ameaçar com recortar rotas.
Pede à CNMC recusar o aumento
Ryanair considera que a Comissão Nacional dos Mercados e a Concorrência (CNMC) deve "recusar de imediato" este aumento "injustificado e perjudicial".

"Se permite que Aena siga incrementando seus já pouco competitivas tarifas, Ryanair não terá mais remédio que reduzir drasticamente o número de assentos e rotas que opera para a Espanha regional", tem assegurado a low cost.
Aeroportos afectados
Segundo a companhia, os efeitos destes recortes aplicar-se-iam mais nos aeroportos regionais, que já estão "quase ao 70% vazios devido a uma estrutura tarifaria frustrada".
Por isso, tem criticado a "passividade" do Governo espanhol "ante o sofrimento da conectividade e o turismo regional" ao não estender a lei que limita as tarifas aeroportuarias.
Milhares de assentos recortados em aeroportos regionais
O conselheiro delegado da aerolínea Ryanair, Eddie Wilson, tem realçado que a decisão de Aena confirma que o gestor aeroportuario só está interessado em "extrair benefícios monopólicos". Estas tarifas "excessivas" estão "a paralisar o tráfico, reduzindo a conectividade, limitando visitantes e provocando a perda de milhares de empregos na Espanha regional".
Assim mesmo, tem recordado que Ryanair já recortou 800.000 assentos para este verão em aeroportos regionais pela estrutura tarifaria "frustrada" nas instalações regionais de Aena.