Ryanair saca tajada se viajas com teu filho: o peculiar funcionamento de sua tarifa com menino
A companhia aérea obriga a eleger assento ao adulto que vá acompanhado de um menor dentre 2 e 11 anos e cobra por isso

Quando se trata de Ryanair, a polémica está servida. A aerolínea tem conseguido converter no meio de transporte low-cost preferido de muitos utentes. No entanto, nunca falta uma queixa sobre seus preços e o encarecimiento dos bilhetes.
Desde a cadeira de rodas que não deixaram embarcar até o revuelo pela cobrança das ensaimadas passando por sua guerra contra as agências de viagens on-line como eDreams. São muitos os exemplos que se podem pôr mas, agora, o foco está em sua tarifa de viagem com menores.
A imposição de Ryanair
Organizar uma escapada com menores em Ryanair é mais caro que o fazer sem eles. Basta com entrar no site da companhia aérea para comprová-lo. A multinacional obriga aos passageiros que vão acompanhados por menores dentre 2 e 11 anos a ir sentados juntos. Até aí todo correto.

Não obstante, Andrea S. relata a este meio qual foi sua surpresa. Quando esta mãe se dispunha a reservar um par de bilhetes em Ryanair junto a sua pequena de 10 anos, o aplicativo da aerolínea lhe advertiu que devia pagar sim ou sim por um assento junto ao da menor.
Um trajecto mais caro
Os preços para reservar assentos em Ryanair variam em função da localização. No caso de viajar com menores, o custo fixo para o adulto são oito euros por trajecto. Assim, a viagem de Andrea e sua filha subia 16 euros.
É por este motivo que a internauta decidiu não comprar os bilhetes em Ryanair. "Cobram-te por todo e não sai a contas", justifica a afectada.

É legal?
Ralph Michaud, professor de OBS Business School, deixa claro a este meio que, ainda que a situação pareça injusta para alguns consumidores, é legal.
"As aerolíneas não estão obrigadas a fazer que os menores de 12 anos viajem acompanhados de um adulto, pelo geral têm regulamentos internos focadas na segurança e bem-estar do menor que assim o indicam", justifica o experiente.
Em desvantagem
Não há nada de mau em que Ryanair obrigue ao adulto a viajar sentado junto ao menor. De facto, é compreensível. A crítica é que também lhe força a pagar por isso e, por tanto, Ryanair se embolsa uns euros mais.
"Finalmente obriga a uma pessoa a pagar por reservar quando não teria que o fazer se não viajasse com um menor", acrescenta o experiente. Em qualquer caso, "desde uma perspectiva legal as aerolíneas têm direito a estabelecer suas próprias tarifas e políticas de serviços adicionais", matiz Michaud.
Comparativa de tarifas
Consumidor Global tem posto a prova quanto pode chegar a encarecerse uma viagem em Ryanair com e sem o menor. Por exemplo, o trajecto Barcelona - Sevilla do 12 ao 16 de fevereiro sai anunciado desde 19,99 euros a ida e 14,99 euros a volta.

Apanhando as tarifas mais económicas, a ida do menor e o adulto soma 47,98 incluindo os oito euros extras pelo assento. Em 37,98 euros fica a volta. Se acrescenta-se mala de mão, o custo final ascende aos 131,56 euros. Em mudança, se uma pessoa viaja sem um menino, o custo para esse mesmo trajecto e com mala em cabine fica em 65,78 euros.
Caso omiso
A cobrança por eleger os assentos é uma prática habitual nas aerolíneas low-cost . Não é tão frequente que as companhias imponham este tipo de pagamentos se o trajecto inclui um menor. Easyjet ou Vueling não cobram extras por isso, por exemplo.
Se Ryanair obriga a ir sentados juntos um adulto e um menor, por que não é grátis a reserva de assentos para os maiores? Esta é uma das perguntas que lhe transladou Consumidor Global à aerolínea. Uma questão que se ficou sem resposta. Isso sim, desde a companhia têm querido deixar claro que exoneran até 4 meninos do pagamento de reserva de assento. Por tanto, a partir do quinto, também paga.