Telefónica despedirá a mais de 6.000 trabalhadores, um 35% da plantilla
Os despedimentos afectarão a sete filiais da companhia, entre elas Telefónica de Espanha, Móveis e Movistar+
A afetação do expediente de regulação de emprego (ERE) proposto por Telefónica situa-se em 6.088 pessoas. Isto supõe o despedimento de 35,3% da plantilla total das filiais implicadas no processo, segundo têm informado os sindicatos.
Assim, a filial que sai mais prejudicada é Telefónica de Espanha com um ERE a 3.649 trabalhadores. Segue-lhe Telefónica Móveis (1.124 pessoas); Telefónica Soluções (267 pessoas); Movistar+ (297 pessoas); Telefónica Global Solutions (140 pessoas); Telefónica Inovação Digital (233 pessoas) e, por último, Telefónico S.A (378 pessoas).
Pendentes das próximas negociações
Não obstante, há que recordar que a afetação neste tipo de processos costuma se reduzir à medida que avançam as negociações entre a empresa e os sindicatos. O último ERE que realizou Telefónica em 2024 se saldó com a saída de 3.420 trabalhadores da empresa, um 33% menos que as 5.124 baixas propostas ao começo das negociações.

O custo deste despedimento coletivo situou-se em ao redor de 1.300 milhões de euros para a companhia, que abonó uma média de uns 380.000 euros por trabalhador.
Poupança de custos milionários
O novo ERE em Telefónica se enmarca no plano estratégico que a companhia apresentou a começos de novembro e que contempla umas poupanças de custos de ao redor de 3.000 milhões de euros para 2030 (2.300 milhões de euros para 2028), umas cifras nas que se incluem partidas unidas a pessoal.
Os prazos de comunicação do ERE aos sindicatos encaixam em tempos para que o acordo sobre o mesmo se produza dantes de que acabe o exercício fiscal atual ou muito a começos de 2026 pára que seu impacto não afecte já às contas do próximo exercício.
