Apple reconhece a espionagem de Siri
O gigante tecnológico norte-americano pagará 95 milhões de dólares para limpar uma ação judicial coletiva
Apple atingiu um acordo para resolver mediante o desembolso de 95 milhões de dólares (92 milhões de euros) uma ação judicial coletiva.
A dita ação acusava a companhia de ter obtido e partilhado com terceiros comunicações privadas de utilizadores de dispositivos com a assistente de voz Siri.
Apple pagará 95 milhões de dólares
O acordo, se aprova-se finalmente, resolverá, depois de mais de cinco anos de litigio, as acusações de que as comunicações confidenciais ou privadas dos compradores de dispositivos Siri foram obtidas pela Apple e/ou partilhadas com terceiros sem o seu consentimento como resultado de uma ativação não intencionada da Siri entre 17 de setembro de 2014 e 31 de dezembro de 2024.
Segundo consta no documento apresentado, "Apple pagará 95 milhões de dólares para criar um fundo comum" que fará frente a todas as reclamações de conciliação aprovadas, os custos de notificação e administração da conciliação, qualquer prima por serviço aprovada pelo Tribunal e qualquer pagamento de honorarios e despesas de advogados aprovado pelo Tribunal.
As gravações de Siri recolhidas
Deste modo, o montante líquido da conciliação distribuir-se-á de maneira equitativa segundo a quantidade de dispositivos Siri que experimentaram uma ativação não desejada.
Assim mesmo, exige-se a Apple que, dentro dos seis meses posteriores à data primeiramente em vigor do acordo, confirme que eliminou de forma permanente as gravações de áudio da Siri recolhidas antes de outubro de 2019 e publique um site que explique com mais detalhe o processo mediante o qual os utilizadores podem optar pela opção "Melhorar Siri".
Os advogados do caso sugeriram programar uma audiência judicial o próximo 14 de fevereiro para rever os termos do acordo preliminar para a sua aprovação pelo juiz de distrito Jeffrey White.
