Este é o alimento mais atirado ao lixo por caducidad em toda Espanha
Segundo dados publicados por Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura desperdiciamos até um terço da comida global que compramos

Seguro que a ti também te passou. Um dia vais ao supermercado com muita fome e arrasas com a cada corredor, comprando um excesso de alimentos e produtos perecíveis que seguramente não dar-te-á tempo a consumir dantes de que estes se corrompam, estraguem ou deteriorem ao cabo de uma ou duas semanas. De facto, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), não és o único.

Aproximadamente um terço dos alimentos produzidos para o consumo humano no mundo acaba no cubo do lixo, o que equivale ao redor de 1.700 milhões de toneladas totais ao ano. Desta quantidade, um 13% nunca chega a se comercializar, enquanto outro 17% se desaprovecha em outras zonas de consumo muito concretas: os pontos de venda ou supermercados, nos restaurantes e por suposto nos lares.
Qual é o alimento mais desperdiciado?
Uma publicação em TikTok do Técnico Superior em Dietética Miodrag Borges, conhecido em redes por chamar-se @microbiotadesdecero e criar conteúdo para uma comunidade de seguidores preocupados por sua alimentação e saúde intestinal, tem querido revelar qual é o produto que mais se elimina em Espanha. Este não é outro que um lacticínio que todo mundo temos ao fundo de nossa geladeira. Borges assegura que o yogur é o alimento mais eliminado no país devido a sua data de caducidad e ao temor que gera seu consumo após a mesma.
@microbiotadesdecero O grande ninguneado e um dos produtos que mas dinheiro faz perder às famílias. #yogur #yogurcaducado #caducidad #fechadecaducidad ♬ som original - Microbiotadesdecero
Seu convidado no vídeo, o experiente em microbiología e segurança alimentar, José Antonio Barroso tem querido explicar que o yogur não tem uma data de caducidad estrita. "O pior que pode passar é que se acidifique mais do habitual, mas isto não representa um perigo. De facto, quanto mais ácido é um yogur, menos lactosa contém, já que as bactérias têm consumido este açúcar. Pode que não goste seu sabor, mas não é perjudicial", explica ante os seguidores de Borges.
Mitos sobre a caducidad do yogur
A OCU tem aclarado um dos mitos mais comuns: longe do que se crê, os yogures não caducan às duas semanas na geladeira. A diferença de outros produtos perecíveis, sua conservação em frio e seu acidez natural fazem que sigam sendo seguros para o consumo inclusive tempo após a data indicada na embalagem.

Anteriormente, o regulamento exigia que os yogures tivessem uma data de caducidad de 28 dias depois de sua fabricação, o que levou a que muitas pessoas os eliminassem desnecessariamente uma vez passado este período. No entanto, em 2014, modificou-se o regulamento, substituindo a data de caducidad por uma de consumo preferente, que costuma ser de aproximadamente 35 dias. Esta diferença é importante, já que uma vez superada a data de consumo preferente, o yogur pode perder certas propriedades como sabor ou textura, mas segue sendo apto para seu consumo se tem sido alojado correctamente no refrigerador.

Quando um yogur realmente não deve se consumir?
O relatório da FAO destaca que as perdas de alimentos ocorrem em todas as etapas da corrente de fornecimento: desde a produção agrícola e a indústria alimentar até a distribuição, passando pelo consumo doméstico e sua distribuição em estabelecimentos de restauração. A falta de uma gestão eficiente na cada um destes níveis contribui a um problema global de desperdicio de recursos alimentares que poderiam dar solução inclusive aparte do problema de desigualdade e fome no mundo.

A OCU recomenda eliminar um yogur se a embalagem apresenta perfurações, tem sido aberto previamente ou mostra signos evidentes de deterioração. Assim mesmo, se ao abrí-lo a textura é anormalmente líquida, o cheiro é muito ácido ou desagradável, ou o sabor é inusualmente forte, é preferível evitar sua ingestão. Por outro lado, a presença de suero na superfície é um fenómeno normal e não indica que o produto esteja em mau estado, já que se trata simplesmente de água procedente do leite.
Alimentos que não deveriam se eliminar
Especialistas da Organização de Consumidores e Utentes (OCU) têm identificado vários alimentos que não deveriam ser eliminados prematuramente. Entre eles se encontram os ovos, que podem se consumir até três ou quatro dias após a data recomendada se se cuecen ao menos 15 minutos, bem como a carne e o frango, sempre que não apresentem mau cheiro ou mudanças em seu aspecto.

Assim mesmo, frutas e verduras com signos de deterioração ainda podem se aproveitar em purés ou guisos, enquanto o pão duro e a bollería seca podem reutilizar em outras receitas.
Reduzir o desperdicio de alimentos não só ajuda a optimizar os recursos económicos nos lares, sina que também contribui à sustentabilidade e ao cuidado do medioambiente. Com maior informação e consciência, é possível minimizar o despilfarro alimentar e aproveitar melhor os produtos dantes de eliminá-los desnecessariamente.