Estes são os alimentos que mais se encarecen estes Natais
Os maiores incrementos correspondem aos percebes, seguidos da pularda, as angulas e o peru inteiro
Ouve o artigo agora…
Os alimentos mais habituais da cesta navideña têm encarecido seus preços um 3,9% no que vai de dezembro, segundo a Organização de Consumidores e Utentes (OCU). A associação qualifica o aumento de "significativo", ainda que inferior ao 6,1% registado no mesmo período do ano passado.
O segundo rastreamento de preços realizado pela OCU nas duas últimas semanas —depois de uma primeira análise que detectou um incremento de 5% prévio ao Natal— constata uma evolução desigual, com subidas em onze dos produtos analisados.
O percebe, ainda mais luxo
Os maiores incrementos correspondem aos percebes, que se têm encarecido um 29,9%, seguidos da pularda inteira (+15,3%), as angulas (+11,5%) e o peru inteiro (+4,8%). Também têm aumentado o preço o redondo de ternera (+3%), a merluza ao corte (+2,8%), a lubina (+2%), as almejas (+2,1%), os langostinos (+1,7%), o besugo (+0,8%) e o presunto ibério de isca (+0,4%).
Pelo contrário, o cordeiro e a lombarda têm mantido preços estáveis, enquanto têm-se abaratado produtos como as ostras (-8,2 %), a granada (-3,1 %) e a piña (-1,5 %).

Subida das aves
O estudo elaborou-se a partir de preços recolhidos em mercados municipais, supermercados e hipermercados de sete cidades: Albacete, Barcelona, Bilbao, Madri, Málaga, Sevilla e Valencia, centrando-se em alimentos com alta demanda durante as festas navideñas.
A diferença de exercícios anteriores, a OCU não detecta grandes diferenças no comportamento dos preços segundo o tipo de produto, salvo no caso dos vegetais, onde costumam se registar variações moderadas ou inclusive descensos, e nas aves, cujo comportamento tem sido "claramente de ascensão", previsivelmente pelo impacto da gripe das aves.
O presunto, em máximos históricos
Nesta segunda medida do ano, sete produtos têm atingido máximos históricos de preço: o presunto ibério de isca ao corte (67,79 euros o quilo), o cordeiro lechal (23,18 €/kg), o redondo de ternera (20,83 €/kg), a lubina (11,79 €/kg), o peru inteiro (6,97 €/kg), a granada (3,08 €/kg) e a piña (2,15 €/kg).

Ante esta situação, a OCU recomenda, como a cada Natal, planificar antecipadamente as comidas festivas, aproveitar as ofertas disponíveis e recorrer ao congelamento de produtos frescos ou a alimentos já congelados, que costumam ser mais económicos. Também aconselha priorizar a carne de ave, que continua sendo mais barata que outras opções cárnicas pese às subidas registadas.
