Tens que o visitar sim ou sim: o povo favorito de Elsa Pataky está no País Basco

Bem perto da fronteira francesa e com uma das propostas gastronómicas mais destacadas do norte, com seus deliciosas carnes e pinchos, Hondarribia apresenta-se como uma jóia do País Basco que tem cautivado a Elsa Pataky e seu marido Chris Hemsworth

Movimiento de contenedores en un puerto canario. IMAGEN DE LA RED (1500 x 1000 px)   2025 05 28T133116.216
Movimiento de contenedores en un puerto canario. IMAGEN DE LA RED (1500 x 1000 px) 2025 05 28T133116.216

Entre a espuma do Cantábrico e a silhueta verde do monte Jaizkibel, alça-se Hondarribia, uma villa que faz séculos custodia a fronteira entre Espanha e França e que hoje seduze por igual a visitantes anónimos e inclusive a estrelas de Hollywood. Assim o demonstrou Elsa Pataky, que faz uns dias elegia este rincão guipuzcoano para passar uns dias com seu marido Chris Hemsworth. Em plena natureza e com a possibilidade de realizar seu amado surf e de fazer o que mais gosta —aparte de do desporto— desfrutar de uma boa carne e pintxos do norte.

A cada vez que a actriz volta a Europa desde que deixou Hollywood para instalar na cidade natal de seu marido (seu retiro australiano em Byron Bay) enfila o Bidasoa em procura de aroma a salitre, doe o silêncio dos montes do norte, lhe recorda que segue sendo humana. Em Hondarribia, este famoso casal pode curar-se de seus exigentes vidas de superestrellas e ligar com o que mais sã a mente e alma: o mar e a natureza.

Hondarribia, o remanso basco onde Elsa Pataky e Chris Hemsworth recarregam energia

As origens de Hondarribia remontam-se ao Paleolítico, quando os primeiros assentamentos aproveitaram as generosas marismas do estuário. Mais tarde, os romanos usaram seu porto natural para embarcar o ferro que saía das minas de Aiako Harria. Na Alta Idade Média, a villa fortificou-se primeiro baixo os reis navarros e, depois de vários conflitos, passou à Coroa de Castilla, que reforçou muralhas e baluartes.

Daquela herança defensiva ainda perduran a Porta de Santa María, a de San Nicolás e a robusta mole do Parador de Carlos V, um castelo que vigia a Praça de Armas como se as tropas francesas pudessem aparecer de novo pela bocana.

O bairro dA Marinha: coloridas fachadas que chamam a atenção

Dantes de que as redes de nylon substituíssem ao cáñamo, os pescadores de Hondarribia se traziam a casa os tarros de pintura sobrante com os que pintavam os barcos. Com eles alegravam as fachadas de suas moradias dA Marinha, um arrabal portuário que agora segue pintado de vermelho, verde e azul.

Embaixo destes particulares balconcitos de cores instalam-se centos de bares, todos fraguados na liturgia do pintxo sem pressas: nestes pode pedir esse célebre manjar em pan que outros chamam ensaladilla de txangurro a qualquer hora do dia. Pataky e Chris Hemsworth deixam de ser famosos para misturar com os turistas ou pôr-se um neopreno e ir-se a surcar as ondas.

Onde se hospedaram Elsa Pataky e Chris Hemsworth em Hondarribia? Luxo num antigo caserío em Basalore

A mal dez minutos de curvas desde o berço, um desvio de pista florestal conduz ao caserío Basalore. Este antigo pajar, rodeado de robles e helechos, funciona como a suite flagship do Hotel Arbaso de San Sebastián.

Tetos de vigas centenarias, lareira acendida inclusive em agosto e um terraço com vistas gémeas ao mar e à crista de Jaizkibel compõem o refúgio favorito do casal. Ali, custodiados por um silêncio que só rompem os cencerros das ovelhas latxas, a actriz treina yoga ao amanhecer enquanto Hemsworth prepara o estômago para uma das carnes melhores de Espanha.

O restaurante preferido de Elsa Pataky e companhia no norte: Laia Erretegia

Se a fome aperta, a baixada até o restaurante Laia Erretegia merece a cada curva. Um local incluído na lista World's 101 Best Steak Restaurants, este asador presume de maduraciones longas e fogo de roble à antiga usanza. Sua carta converte a carne em objeto de culto. Quem procure comer carnes espetaculares sem o protocolo de ir de corbata, achará aqui um paraíso singelo da gastronomia basca.

  • Chuleta premium (mínimo 30 dias): 88 € / kg
  • Chuleta dry-aged (mínimo 60 dias): 102 € / kg
  • Solomillo de vacuno maior: 32 € a ración

Que ver em Hondarribia? Itinerario que realizou Elsa Pataky e companhia

Desde o passeio, a mirada se cuela entre espuma-a rumo a Hendaya, ao outro lado do estuário: um barquito de dez minutos cruza a fronteira a golpe de motor diésel, perfeito para um vermut dominical em solo francês em Hendaya.

Por se preferes ficar-te em terra, tens para tua desfrute praias a mais de 800 metros de areia fina, a praia urbana oferece remansos de águas mais pacíficas que as do vizinho Golfo de Vizcaya.

Hondarribia e seu itinerario essencial

  1. Café da manhã na praça de Gipuzkoa: café com leite e bollo de mantequilla.
  2. Passeio pela muralha transitable até a Porta de Santa María.
  3. Visita à Igreja de Santa María da Assunção, mistura de gótico e renacimiento.
  4. Vermut e pintxos nA Marinha: imprescindíveis as kokotxas rebozadas e seus variados de tartares sobre uma fatia estaladiça.
  5. Siesta playera ou travesía em barca a Hendaya.
  6. Subida vespertina ao faro de Higuer para ver cair o sol.
  7. Jantar de chuleta em Laia Erretegia e, de postre, uma copa ao calor da lareira de Basalore.

As festas do Alarde: tradição e polémica a partes iguais

A cada 8 de setembro, Hondarribia desfila ao ritmo de tambores, mosquetes e txistus para comemorar o cerco francês de 1638. O Alarde é orgulho identitario, mas também foco de debate: a participação feminina, vetada durante séculos, abriu grietas na tradição.

Desde 2014 existem dois desfiles —um misto e outro exclusivamente masculino— que convivem em tensa harmonia. Para os visitantes, supõe um espectáculo de pólvora e emoção que enche balcones e dispara reservas hoteleiras.

Por que sempre lhe apetece voltar a Elsa Pataky e companhia

Com 16 000 habitantes estáveis e o duplo em temporada alta, Hondarribia mantém sua escala de povo: tudo está a um passeio, do mercado de abastos à cofradía pesqueira. Essa proximidade, somada a uma identidade basca incontestable, explica o magnetismo que exerce sobre viajantes, artistas e celebridades.

Para Elsa Pataky, é a certeza de que ainda ficam rincões onde o ruído baixa. Cabe reseñar que a actriz guarda um cariño especial ao País Basco desde que seu irmão elegeu esta localização para celebrar suas nupcias. Não nos estranha, pois este pueblecito do norte tem algo que atrapa.

Viajar a Hondarribia é, em definitiva, um exercício de reconexión: com a natureza, com a história e com a cozinha que brota das brasas. Quiçá por isso a actriz e seu casal regressam uma e outra vez: porque, entre muralhas medievales e balcones coloridos, a fama tira-se o disfarce e todos—estrelas e mortais—compartilham o mesmo txakolí fresco e a mesma sensação de ter encontrado um segundo lar.