Telefónica abre a mão e melhora as condições para os empregados afectados pelo ERE

A empresa mantém o requisito de 15 anos de antiguidade para poder aderir-se de forma voluntária ao ERE, conquanto tem flexibilizado as opções de adscripción

Vista de la sede de Telefónica
Vista de la sede de Telefónica

Telefónica suaviza suas exigências e melhora as condições de prejubilación que ofereceu faz umas semanas. A empresa tem proposto aos sindicatos reduzir quase um 9% o número de saídas mínimas no expediente de regulação de emprego (ERE) nas três sociedades do convênio de empresas vinculadas (CEV), isto é, Telefónica de Espanha, Móveis e Soluções, que concentram o grosso da afetação do despedimento coletivo para sete filiais do grupo.

A proposta inicial de Telefónica passava por um total de 5.040 saídas nas três sociedades do CEV, conquanto os termos atuais da negociação especificam uma forquilha dentre 4.600 e 5.040 saídas. Com tudo, a cifra final estará unida ao volume de adesões voluntárias que se registem.

Variação no número de saídas

Segundo têm explicado a Europa Press fontes do sindicato Somados-Fetico, em caso que tivesse 4.600 adesões voluntárias, não teria mais saídas, enquanto se tivesse, por exemplo, 5.300 adesões voluntárias, o número máximo de saídas seguiria sendo de 5.040.

El presidente de Telefónica, Marc Murtra / EUROPA PRESS
O presidente de Telefónica, Marc Murtra / EUROPA PRESS - EDUARDO PARRA

Assim mesmo, se tivesse 4.000 adesões voluntárias, produzir-se-iam 600 saídas forçadas, até chegar às 4.600 saídas. Esta cifra marcaria, segundo o estado atual das negociações, a ombreira máxima de afetação do ERE em caso que não tenha um volume de voluntariedad suficiente.

ERE voluntário e universal

Neste contexto, Somados-Fetico considera que se começa a vislumbrar a possibilidade de que o ERE nas sociedades do CEV seja voluntário e universal, conquanto estima, ao igual que UGT e CCOO, que essa ombreira mínima ainda deve se reduzir mais para garantir a mencionada voluntariedad.

Por sua vez, UGT tem assinalado num comunicado que na reunião desta quarta-feira se produziram "avanços relevantes", ainda que tem enfatizado que "persistem discrepâncias substanciais que impedem fechar um acordo nos termos propostos pela empresa".

CCOO exige mais

"CCOO faz questão de que este é um ERE de longo percurso e que devem se aceitar todas as adesões voluntárias ao longo do mesmo para que seja universal utilizando todas as alavancas necessárias como o 'reskilling' (reciclaje profissional), concursos de méritos, novo emprego, etc", tem sublinhado CCOO.

Fachada del edificio de Telefónica en la Gran Vía EUROPA PRESS
Fachada do edifício de Telefónica na Grande Via / EUROPA PRESS

Por outro lado, a companhia tem aceitado ampliar o convênio especial com a Segurança Social até dois anos dantes da idade legal de aposentação ordinária, com o limite dos 65 anos. Ademais, mantém o requisito de 15 anos de antiguidade para poder aderir-se de forma voluntária ao ERE, conquanto tem flexibilizado as opções de adscripción.

Indemnizações propostas

Quanto às indemnizações, a empresa propõe até o 68% do salário regulador, o que supõe umas condições similares às do ERE que se fechou em janeiro de 2024 e que se saldó com a saída de 3.420 trabalhadores da empresa (um 33% menos que as 5.124 baixas propostas ao começo das negociações). Mais especificamente, para os nascidos em 1969, 1970 e 1971 propõe-se uma indemnização de 68% do salário regulador até os 63 anos e de 38% até os 65.

Para os nascidos entre 1965 e 1968 propõe-se uma indemnização de 62% do salário regulador até os 63 anos e de 34% até os 65, enquanto para os nascidos em 1964 e dantes desse ano propõe-se um 52% do salário regulador até os 63 anos e de 34% até os 65. Ademais, a proposta inclui a actualização anual de 1% do salário regulador no segundo trecho, reversibilidade de rendas, convênio especial até os 63 anos, cobertura sanitária básica e uma contribuição extraordinária ao plano de pensões, entre outras questões.