Encher a cesta de compra-a já é um mais 36% caro que faz quatro anos: onde podes poupar
Optar pelos alimentos mais saudáveis, como frutas, verduras ou pescados, supõe um sobrecoste notável, segundo um estudo de OCU
Encher a cesta de compra-a é a cada vez mais difícil para milhares de consumidores. Num país no que 12,5 milhões de pessoas vivem em risco de pobreza e quase 4 milhões têm severos problemas para chegar a fim de mês, o preço dos alimentos se disparou um 36% nos últimos quatro anos, período no que, ademais, o preço da moradia se multiplicou e a brecha entre pobres e ricos se alargou.
Ademais, apesar de que os experientes recordam uma e outra vez os benefícios de comer mais frutas, verduras e alimentos de temporada, um estudo comparativo de preços da cesta da compra realizado pela Organização de Consumidores e Utentes (OCU) em 41 correntes de supermercados confirma que priorizar a aquisição de alimentos sãos supõe, em media, um sobrecoste de 20% em frente a uma cesta convencional.
A cesta de compra-a saudável é bem mais cara
O estudo de OCU compara o custo de uma cesta de compra-a saudável composta por 105 alimentos onde se prioriza o consumo de frutas, verduras, carne, pescado e lacticínios (até somar o 75% do orçamento) e onde mal há ultraprocesados (seu valor mal chega ao 8%) com outra mais insana e económica.

Esta segunda cesta, mais convencional, inclui uma importante presença de platos precocinados, bollería industrial, snacks ou bebidas azucaradas, isto é, ultraprocesados, que somam um 33% do orçamento da mesma.
Sobem as frutas, as verduras, a carne e o pescado
Neste contexto, OCU recorda que no que vai de 2025 as frutas e verduras, a carne e o pescado têm sofrido um encarecimiento de 6,7%. Ademais, a bofetada inflacionária tem sido especialmente dolorosalos no caso dos ovos, que têm subido um 50% em mal seis meses.
Todas estas subidas elevam o custo médio da cesta saudável até os 216 euros mensais por pessoa, em frente aos 181 euros ao mês que tem a cesta convencional.
Diferenças por supermercados e capitais provinciais
O estudo também mostra variações significativas segundo o supermercado: as correntes mais económicas para uma cesta saudável, segundo OCU, são Family Cash e Alcampo; enquanto as mais caras são Sorli e Hipercor, ao redor de 25% mais caras.

Também se observam diferenças entre as diferentes capitais de província: Valladolid, A Corunha, Cáceres e Almería são, em media, as cidades mais baratas para a cesta saudável. Pelo contrário, as capitais de Canárias, Barcelona, Girona e Huelva resultam as mais caras, com um sobrecoste anual por família que pode atingir os 700 euros.
