Os três alimentos básicos que mais se têm encarecido em junho
A organização de consumidores denuncia subidas significativas em produtos essenciais pese à rebaja do IVA

Os preços de alguns alimentos básicos têm voltado a experimentar importantes subidas durante o mês de junho, segundo um estudo realizado por Facua.
A organização tem detectado incrementos destacados em produtos da cesta básica em oito grandes correntes de supermercados, num contexto no que segue vigente a polémica sobre as margens de benefício aplicados depois da rebaja do IVA.
Os três alimentos que mais têm subido de preço
Entre os alimentos analisados, destacam especialmente as subidas registadas nas cenouras, que têm aumentado um 10,7% em media, as batatas (8,4%) e as lechugas iceberg (6,1%).

Em alguns casos, os incrementos são muito superiores: em Dia, o quilo de cenouras passou de 0,89 a 1,19 euros (um mais 33,7%), enquanto em Carrefour a malha de cinco quilos de batatas subiu um 26,3%, e em Alcampo, a lechuga iceberg aumentou um 39,7%.
Justificar as subidas
Facua recorda que estes produtos estiveram afectados pela rebaja da IVA aplicada a partir de janeiro de 2023, e que, por tanto, os supermercados não podiam aumentar suas margens de benefício enquanto durasse dita medida. No entanto, quase um ano e meio após o requerimento enviado pelo Ministério de Consumo para que as correntes justificassem suas subidas, não se anunciou a abertura de nenhum expediente sancionador.
O relatório também assinala alças em outros alimentos como os champiñones laminados (5,1%), os macarrones (4,3%), as uvas brancas (3,6%) e as peras conferência (3,0%). Pelo contrário, alguns produtos têm baixado de preço nas últimas semanas, entre eles o litro de azeite de oliva (-9,5%), o quilo de cebollas (-5,0%) e a malha de laranjas (-4,0%).
Vulneración de compromissos
Na análise interanual, os limões situam-se à cabeça com uma subida média de 30,0%, seguidos pelos ovos (20,0%) e os alhos (19,1%). Em mudança, o azeite de oliva destaca como o produto que mais tem baixado com respeito a junho de 2024, com uma queda de 45,3%.
Facua exige uma resposta firme do Governo ante o que considera uma vulneración dos compromissos adquiridos durante a rebaja fiscal, e adverte de que a falta de controle pode agravar o impacto económico nos lares, especialmente nos mais vulneráveis.