Este estudo de Harvard sobre a felicidade assegura que há uma coisa da que sempre te arrependes

Após realizar-se um estudo do mais longevo em Harvard, durante 86 anos, a um grupo de 700 pessoas, a ciência tem-o claro sobre o que mais modifica nosso bem-estar: o grau de arrepentimiento

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A felicidade é um conceito subjetivo, mas se perguntamos aos espanhóis, a grande maioria assegura sentir-se feliz. Segundo a primeira encuesta sobre felicidade e valores sociais realizada pelo Centro de Investigações Sociológicas (CIS), o 80,4% dos espanhóis consideram-se pessoas felizes, enquanto só um 11,4% afirmam o contrário.

¿Qué es de lo que más nos arrepentimos? /PEXELS
Que é do que mais nos arrependemos? /PEXELS

No entanto… Que é o que tem podido não fazer realmente felizes a esse outro grupo? Para além das circunstâncias individuais, a ciência leva décadas tentando desentrañar o segredo do verdadeiro bem-estar. Um estudo de Harvard, que leva mais de oitenta anos em marcha, tem identificado os dois principais factores que determinam uma vida plena. E, surpreendentemente, não têm que ver com o dinheiro ou o sucesso profissional.

O maior estudo sobre a felicidade

Desde 1938, um grupo de pesquisadores de Harvard tem seguido a vida de centos de pessoas num experimento pioneiro sobre o bem-estar. O que começou com 700 adolescentes de diversos meios, incluindo estudantes de Harvard e jovens de bairros humildes de Boston, se ampliou com os anos para incluir a suas famílias e descendentes, proporcionando valiosas conclusões sobre o que realmente importa quando se acaba a vida.

Un paciente en la consulta de un psicólogo / PIXABAY
Um paciente na consulta de um psicólogo / PIXABAY

Robert Waldinger, psiquiatra e professor de Harvard, é o atual diretor deste estudo e coautor do livro The Good Life, onde expõe quais têm sido as aprendizagens finque da vida, assegurou possuir as revelações mais impactantes sobre os arrepentimientos mais comuns na velhice.

Os dois maiores arrepentimientos na velhice

Aos 80 anos, os participantes do estudo responderam a uma pergunta crucial: "Quando olhas atrás em tua vida, que é o que mais lamentas?". As respostas foram contundentes e muito similares:

1. Preocupar-se demasiado pela opinião alheia

O segundo grande pesar foi ter vivido com medo ao julgamento dos demais, um sentimento mais frequente entre as mulheres. Muitas confessaram ter tomado decisões condicionadas pelas expectativas sociais, o que limitou suas oportunidades e desenvolvimento pessoal.

Dos personas preocupadas por la opinión externa/ PEXELS
Duas pessoas preocupadas pela opinião externa/ PEXELS

A psicóloga María do Mondo, em seu livro A opinião dos demais está a mais, anima-nos a libertar-nos do "que dirão". "Desde a infância, absorvemos crenças e normas que nos moldam, mas na adultez é vital as questionar e definir nossa própria identidade", explica.

2. Não ter passado suficiente tempo com as pessoas importantes

Muitos lamentaram ter investido mais esforço em sua carreira profissional que em suas relações pessoais. "Ninguém em seu leito de morte deseja ter passado mais horas no escritório", é uma reflexão que o estudo tem confirmado uma e outra vez.

Dos personas haciendo una videollamada a un ser querido/ PEXELS
Duas pessoas fazendo uma videollamada a um ser querido/ PEXELS

Pese a esta evidência, seguimos atrapados num ritmo de vida acelerado que dificulta a desconexão. O estrés trabalhista segue em aumento e o "burnout" é uma realidade a cada vez mais frequente. Segundo um relatório de Cigna Healthcare, o 67% dos espanhóis não consegue desligar do trabalho nem sequer em férias, um hábito que poderia desembocar em futuros arrepentimientos.

¿Puede una persona infeliz dejar de serlo? /PEXELS
Pode uma pessoa infeliz deixar do ser? /PEXELS

Se sentes que dependes demasiado da aprovação externa, te custa tomar decisões sem consultar a outros ou priorizas aos demais sobre ti mesmo, pode ser o momento de reflexionar e recuperar tua autonomia emocional.

Chaves para viver sem arrepentimientos

Se estes são os erros mais comuns, que podemos fazer para os evitar? Robert Waldinger propõe algumas estratégias fundamentais:

  • Nutre tuas relações: Não basta com ter amigos ou família; é essencial dedicar-lhes tempo e atenção de qualidade.

  • Abraça teu autenticidad: Não tomes decisões por medo ao julgamento alheio, segue o que realmente desejas.

  • Aprende a dizer "não": Muitas preocupações provem/provêm da falta de limites pessoais.

  • Cria momentos inolvidables: Não se trata só de estar presente, sina de fazer que os instantes com os teus sejam significativos.

  • Afasta das comparações: Dedica menos tempo às redes sociais e mais a desfrutar de tua vida real.

Transformar o arrepentimiento em crescimento

Se sentes que tens caído em algum destes padrões, não te castigues. Waldinger enfatiza que o arrepentimiento não deve ser um ónus, sina uma ferramenta de aprendizagem. Algumas estratégias incluem:

  • Aceitar que o passado não se pode mudar, mas o presente sim.

  • Retomar contacto com pessoas importantes, ainda que tenha passado tempo.

  • Ser mais compassivo contigo mesmo e deixar de te julgar com dureza.

  • Tomar pequenos passos diários para fortalecer tuas relações e viver segundo teus próprios termos.

A verdadeira chave da felicidade

O estudo de Harvard deixa-nos uma mensagem clara: o que realmente nos faz felizes não é o sucesso profissional ou o dinheiro, sina a qualidade de nossas relações e a capacidade de viver com autenticidad.

Conquanto a encuesta do CIS reflete que a maioria dos espanhóis se considera feliz, sempre podemos melhorar nossa qualidade de vida tomando decisões mais alinhadas com nossos valores e desejos reais. A verdadeira riqueza está em compartilhar momentos com quem amamos e em ser fiéis a nós mesmos.