Adeus aos radares de sempre: a nova tecnologia para infracções que chega a partir de março
A inteligência artificial volta a nossas vidas com um novo invento: os inovadores radares com câmaras térmicas e raios infravermelhos para uma margem de erro inferior ao 1% que já são uma realidade em Europa

Os radares de tráfico cumprem um papel essencial na regulação da velocidade em estrada. Ainda que com frequência percebem-se como ferramentas com fins recaudatorios, seu objectivo principal é a prevenção de acidentes mortais, especialmente em zonas onde o excesso de velocidade pode ter consequências graves.

Os siniestros vias têm causado o fallecimiento de 155 pessoas em sozinhos dois meses (até fevereiro de 2025) do que vai do ano, segundo os dados do site epdata.es segundo as cifras provisórias a 24 horas facilitadas pela Direcção Geral de Tráfico (DGT). Durante o último mês já puderam contabilizar um total de 72 pessoas falecidas nas estradas, o que supõe uma redução de duas vítimas mortais em comparação com o mesmo período do ano anterior, um dado que dista muito de ser tranquilizador a cada vez que nos podemos em frente a um volante.

Tecnología avançada para a segurança via com Inteligência Artificial
O controle da velocidade em estrada segue sendo uma prioridade para a DGT em sua estratégia de redução de acidentes. A evolução tecnológica dos radares e seu despliegue em diferentes pontos do país reforçam a segurança via e procuram minimizar a siniestralidad.
Por isso, a Direcção Geral de Tráfico (DGT) tem incorporado a princípios de 2025 um total de 24 novos radares nas estradas espanholas: 17 deles fixos e 7 de trecho. Estes dispositivos estão devidamente sinalizados e sua localização pode consultar no site oficial da DGT. Neste ano marca também o vigésimo aniversário da instalação dos primeiros radares fixos em Espanha, um sistema que tem evoluído com o tempo e que cedo poderia incorporar tecnologias mais avançadas.

Radares negros da DGT: sensores infravermelhos e câmaras térmicas
Um dos desenvolvimentos tecnológicos mais recentes neste âmbito são os denominados radares negros, dispositivos de vanguardia que empregam inteligência artificial para detectar infracções no interior dos veículos. Estes radares estão equipados com sensores infravermelhos e câmaras térmicas que lhes permitem contabilizar o número de ocupantes num veículo e distinguir entre uma pessoa real e um objeto simulado.

Sua característica cor escura valeu-lhes o nome popular com os que os condutores se estão a começar a referir a eles. Todos criados pelas empresas Pryntec e Fareco, especializadas em tecnologia puntera de vigilância do tráfico. Ademais, são eficazes inclusive em automóveis com cristais tintados e podem operar a velocidades de até 130 km/h, com uma margem de erro inferior ao 1%.
Experiência no França e implantação em Espanha
Actualmente, estes radares já têm sido postos em funcionamento em algumas capitais de Europa, tais como Paris e outras cidades francesas como Rennes, Lyon e Estrasburgo. Na capital francesa, sua principal função é supervisionar o uso de carriles exclusivos para transporte público, táxis e veículos compartilhados, cabe destacar que as multas por circular indevidamente nestas vias oscilam em 135 euros.

A futuro, prevê-se que estes radares sejam capazes de identificar outras infracções como o uso do telefone móvel ao volante ou a ausência do cinto de segurança. Dado o precedente dos radares autónomos que também foram implementados primeiro no França dantes de chegar a outros países, é provável que os radares negros sejam incorporados no sistema espanhol nos próximos meses.
Assim tem sido a evolução dos radares em Espanha
A DGT mantém uma estratégia de reforço do controle de velocidade mediante a instalação de radares fixos e de trecho em diferentes pontos do país. Em 2025, além dos novos dispositivos já instalados, contempla-se a implementação a mais de uma centena de novos radares.

Desde a introdução do primeiro plano de radares em 2005, o número de dispositivos de controle tem aumentado de maneira significativa, com variantes como radares em cascata, veloláser e radares de semáforo. Estas medidas têm contribuído a reduzir a siniestralidad em estrada, diminuindo em mais de 70% o número de vítimas mortais nas últimas duas décadas.
Aplicativos móveis para evitar sanções
É muito frequente que, por distracção ou desconhecimento da señalización, os condutores superem os limites permitidos, se expondo a sanções económicas e à perda de pontos no carnet de conduzir. Para evitar estes inconvenientes e melhorar a segurança via, existem diversos aplicativos para dispositivos móveis que alertam sobre a localização de radares.

Enquanto, os condutores podem recorrer a ferramentas digitais para manter-se informados sobre a localização destes dispositivos e evitar sanções. Com a possível chegada dos radares negros a Espanha, a vigilância do tráfico poderia atingir um novo nível de precisão e eficácia nos próximos anos que deixaria às apps para os detectar completamente obsoletas. Para aqueles condutores que desejam se manter informados sobre a presença de radares e evitar multas, existem diversos aplicativos que oferecem alertas em tempo real:
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Google Maps: Inclui uma função de avisador de radares fixos e móveis, baseada em informação compartilhada pela comunidade de utentes.
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Waze: Um aplicativo de navegação colaborativa que alerta sobre radares, controles policiais e outros incidentes em estrada.
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Coyote: Actualiza seu banco de dados a diário e informa sobre infracções detectadas por radares, como não usar o cinto de segurança ou manipular o telefone móvel.
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Social Drive: Permite compartilhar em tempo real a localização de radares e outras incidências vias.
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Radarbot: Proporciona alertas de radares fixos e móveis com actualizações automáticas a cada cinco minutos.
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Radares NÃO: Oferece informação sobre radares e o estado do tráfico, além de localizar as gasolineras mais económicas próximas.
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TomTom AMIGO: Inclui alertas de radares e zonas de controle de velocidade em tempo real.