A revelação de Guitarricadelafuente sobre a tecnologia: "Rendi-me e sou adicto"
Descobre que é a nomofobia, quais são seus sintomas e como saber se sofres vício ao móvel como Guitarricadelafuente, mas segues sem te dar conta

Em era-a digital, o telefone móvel converteu-se numa extensão de nós mesmos. Usamo-lo para trabalhar, comunicar-nos, informar-nos, entretenernos… e, sem mal nos dar conta, também para escapar da realidade a outra mais amável. Porque confessemo-lo, tu também és dos que estás a apanhar o metro para ir trabalhar em pleno verão e de repente te zambulles em vídeos bonitos de famosos ou influencers nas orlas do mar enquanto tu segues comendo asfalto.

E pode que não esteja do todo mau fazer isso… mas que passa quando és incapaz de descolar a vista do telefone a risco inclusive de colar um traspié por ir andando simultaneamente que olhas o ecrã porque no fundo te provoca mal-estar não ter esta sempre ativa e alumiada.
Onde está o limite entre o uso habitual ou uma dependência problemática? Sabes como identificar se estamos em frente a um verdadeiro vício ao móvel?
Que é a 'nomofobia' ou ansiedade por estar sem o móvel?
A nomofobia —acrónimo de "não mobile phone phobia"— é um transtorno conductual que reflete uma dependência excessiva do telefone móvel. Não se trata só de olhar o móvel de vez em quando, sina de uma necessidade compulsiva de estar conectado que interfere na vida diária.

Quem padecem-na sentem ansiedade ou irritabilidad se não têm acesso ao dispositivo, o consultam constantemente sem motivo real e descuidan responsabilidades importantes em favor do mundo digital.
O lado oculto do smartphone: Como saber se tenho um problema com o móvel?
O desenho das plataformas digitais, especialmente redes sociais e aplicativos de transportadora, está pensado para enganchar. A combinação de dopamina, gratificación instantânea e retroalimentação social converte ao smartphone numa ferramenta adictiva por natureza. Estas são algumas razões finque por trás da dependência tecnológica:
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Interacção constante: A necessidade de responder mensagens, manter-se actualizado em redes sociais ou revisar notificações cria uma sensação de urgência constante.
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Reforço positivo: Likes, reacções e comentários geram microdosis de satisfação que o cérebro interpreta como recompensas, fomentando a repetição do comportamento.
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Fuga emocional: Muitas pessoas usam o móvel para escapar do aburrimiento, a tristeza ou o estrés. É uma via de escape imediata, mas não necessariamente saudável.
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Temor a ficar fosse (FOMO): O medo a perder-se algo importante ou não estar ao tanto do último também empurra a revisar o móvel de forma compulsiva.
Guitarricadelafuente admite seu vício ao móvel: "Rendo-me"
O cantor espanhol Álvaro Lafuente, mais conhecido como Guitarricadelafuente, falou abertamente sobre sua dependência ao móvel durante uma recente entrevista nA Revolta. Assegurou utilizar o telefone mais de seis horas ao dia —quatro delas em Instagram— e confessou que, apesar de ser consciente de seu vício, tem optado por ser uma peça mais desta máquina voraz que é o viral e digital:
"Escrevia canções atemporales, como pára que perdurasen para sempre e, de repente, quando te dás conta de TikTok de todo mundo consumindo coisas como muito imediatas, tens esse ponto negativo do ver com vertigem, com medo. E a mim me passou que com este disco me disse 'me vou render a todo isso', me rendi a TikTok. Em vez de estar como um velho obsoleto me disse 'me vou somar à máquina", relatava.
Em sua reflexão, destacou como o consumo rápido e fugaz de conteúdo tem influído inclusive em sua forma de criar música. Onde dantes procurava a atemporalidad, agora se adapta à velocidade das redes sociais: "Quando me levanto pela manhã, me salta o limite do uso. Tenho perdido, mas parece-me bonito [...] Estou completamente adicto à dopamina. Rendi-me a isso porque não posso fazer nada", limpava reconhecendo o problema de vício ao móvel que padece.
Uma polémica confesión que põe de manifesto os problemas da era digital
"Não quero viver ancorado no passado nem criticar o presente. Prefiro entendê-lo e fluir com ele. Sou consciente do lado escuro de todo isso, mas acho que não devemos adoptar a mirada crítica da geração anterior. Em lugar de vê-lo todo negativo e pensar que tudo se vai à mierda, prefiro me deixar levar pela onda e o desfrutar. Sempre passa que há pouca tolerância ao que acaba de chegar, mas é porque não se entende. Temos de ver o poético e o belo que há no presente", afirmou.
Sua postura, ainda que polémica, põe de relevo uma tensão atual entre os limites do são entre as redes sociais, a tecnologia e como joga isto na contramão de nossa saúde mental.
Broncano por sua vez, aplaudia sua sinceridade, mostrando certas reservas numa confesión que põe de manifesto o tremendo enganche digital que sofremos nesta era: "Valorizo-te a honestidade porque à gente custa-lhe dizer 'estou todo o momento enganchado' e tu te tiraste a camisa e tens dito: 'tenho sido derrotado por Silicon Valley'".
Como saber se o móvel está a tomar o controle de tua vida?
Detectar um vício ao móvel pode ser complicado, especialmente porque está tão integrado em nossas rotinas que muitos sintomas passam desapercibidos. Aqui alguns signos de alerta:
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Passas horas ao dia no telefone, inclusive em momentos inapropiados (durante o trabalho, classes, comidas ou reuniões).
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Não podes reduzir seu uso, apesar do tentar.
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Preferes estar com o móvel que realizar actividades sociais, físicas ou familiares.
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Sentes-te ansioso, irritable ou incompleto se não o tens a mão.
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Descuidas obrigações importantes por estar conectado.
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Tens problemas de sonho causados pelo uso noturno do dispositivo.
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Isolas-te do meio real para submergir no mundo digital.
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Negas ou minimizas o impacto da utilização excessiva do móvel em tua vida.
Que podes fazer para recuperar o controle
A boa notícia é que há formas de reconducir esta relação com a tecnologia e fomentar um uso mais consciente do telefone móvel:
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Reconhece o problema: Não é uma falha pessoal. O vício digital é um fenómeno global. O primeiro passo é admitir que algo não está a funcionar.
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Põe limites claros: Usa ferramentas como o controle de tempo em ecrã ou estabelece zonas "livres de móvel" em casa (como o dormitório ou a mesa do comedor).
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Desactiva notificações desnecessárias: Elimina as interrupções constantes que te fazem revisar o telefone a cada poucos minutos.
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Encontra alternativas reais: Substitui parte do tempo de ecrã por actividades que te estimulem sem tecnologia: sair a caminhar, ler, praticar desporto ou combinar com amigos.
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Procura apoio se precisa-lo: Fala com pessoas próximas ou considera consultar a um profissional se sentes que não podes o fazer sozinho.
O equilíbrio digital, um repto do século XXI
Estar conectados tem suas vantagens, mas também nos enfrenta a desafios que dantes não existiam. A chave não está em demonizar a tecnologia, sina em aprender a usar a nosso favor. Reconhecer quando temos cruzado a linha é o primeiro passo para voltar a uma relação mais sã com nossos dispositivos.
A revolução digital tem chegado para ficar, mas isso não significa que devamos renunciar a nosso bem-estar. Neste novo palco, o autêntico repto é saber desligar para reconectar com o que verdadeiramente importa.