Um verão de espera interminável com AllZone
Durante a temporada estival, Consumidor Global tem seguido recebendo um aluvión de críticas de utentes que estão desesperados ante o silêncio de AllZone e seu pasotismo para proceder com as devoluções

As más práticas de AllZone não cessam. A plataforma segue semeando (e cosechando) críticas que deixam sua reputação pelos solos. E não é para menos, tendo em conta que a companhia não envia muitos dos produtos comprados pelos consumidores, nem realiza os reembolsos correspondentes.
Desde princípios de ano, Consumidor Global vem denunciando estes abusos. Numerosos casos que repetem o mesmo padrão: os clientes que pagam, esperam e, ao final, ficam sem dinheiro nem artigos. Umas más práticas que levam aos utentes a tachar à página site de fraude, tal e como recolheu este meio num de seus artigos mais recentes: Todas as opiniões da "fraude" de AllZone: móveis e reembolsos no limbo.
A espera interminável para receber o reembolso de AllZone
O passado 3 de julho, Manolo B. comprou em AllZone. "Depois de mais de dez dias sem receber o produto e ao comprovar que existiam numerosos comentários alertando de possíveis práticas fraudulentas por parte de dita site, solicitei a cancelamento do pedido e o reembolso íntegro", explica a este meio.

Mais de um mês após compra-a, o afectado segue sem receber seu dinheiro. Ademais, "a empresa não atende os telefonemas telefónicos, e por correio eletrónico unicamente enviam respostas automáticas nas que asseguram que contactarão em 48 horas, sem que isto se produza", enfatiza. E acrescenta: "Esta conduta é delictiva e denunciable".
Uma insistencia que caiu em saco rompido
Ao caso de Manolo B. soma-se o de Esmeralda M. Comprou um móvel o 23 de junho, mas, como o pedido não chegava, "o 4 de julho decidi cancelar para poder comprar em outro estabelecimento", confessa a internauta.
Como de costume, AllZone lhe mandou uma resposta automática se comprometendo a contactar à afectada num prazo de três a seis dias para tramitar a cancelamento. Uma vez mais, ninguém se pôs em contacto com ela. "O 14 de julho, sem notícias, volto a contactar. Dizem-me que há atrasos no departamento e que tenho que esperar", detalha.

"É o mais parecido a roubar"
O 9 de agosto, Esmeralda M. voltou a contactar com AllZone exigindo o reembolso de imediato. A plataforma respondeu-lhe o 11 de agosto com a mesma desculpa: há atrasos e toca esperar.
"É intolerável que alguém tenha meu dinheiro sem meu consentimento. É o mais parecido a roubar", conclui.
AllZone ignora aos afectados
Consumidor Global pôs-se em contacto com AllZone para averiguar a que se devem os atrasos generalizados. A companhia assegura que não têm nenhum registro a nome de Esmeralda M. enquanto ignora ao resto dos afectados.
Em outras ocasiões, a pressão pública e as denúncias em médios tinham obrigado à plataforma a devolver o dinheiro a alguns clientes. No entanto, desta vez nem sequer a exposição mediática parece fazer mella numa empresa que segue esquivando suas obrigações.