Adeus aos carros de cavalos: esta cidade proíbe-os definitivamente

Esta medida, além de ser um respiro para os animais, poderia ser o início de um altero para nível mundial

Un coche de caballo en Palermo   FAADA
Un coche de caballo en Palermo FAADA

Uma importante cidade européia tem decidido pôr ponto final ao uso de cavalos no transporte turístico. Num prazo máximo de 12 meses, suas ruas, dantes cheias de carros atirados por estes animais, estarão livres desta prática que tem gerado polémica durante anos.

Esta medida, além de ser um respiro para os cavalos, poderia marcar o início de um altero para nível mundial. E é que, ainda há muitos lugares que mantêm esta prática como uma de suas principais atrações turísticas.

A calurosa cidade que os proíbe definitivamente

A proposta, impulsionada pela Prefeitura de Palermo, em Itália, procura eliminar progressivamente os carros de cavalos. A iniciativa põe em evidência uma realidade preocupante: o sofrimento ao que eram submetidos estes animais na calurosa capital de Sicília, arrastando turistas baixo o sol abrasador, entre o tráfico e o ruído.

Dos caballos arrastrando a turistas Álex Zea EP
Dois cavalos arrastando a turistas / Álex Zea - EP

Não era raro que muitos deles colapsaran pelo agotamiento.

Como implementar-se-á esta proibição?

O plano para a transição desenhou-se em três pontos finque para assegurar uma eliminação completa e ordenada:

  • Sem novas licenças: A partir de agora, não emitir-se-ão mais permissões para este tipo de actividade.
  • Reconversão com apoio: Os cocheros atuais poderão mudar suas licenças por outras, como as de táxis elétricos, e receberão ajuda económica para o fazer.
  • Anulação de licenças: Uma vez que se cumpra o prazo de 12 meses, todas as licenças que fiquem ativas serão automaticamente anuladas.

Um futuro mais compassivo com os cavalos

Esta decisão tem sido celebrada como um avanço histórico por associações locais e defensores dos direitos dos animais, que vêem nela um passo importante para uma cidade mais ética e compassiva. Para eles, nenhuma tradição deveria justificar o sofrimento dos seres vivos.

Ainda que em outras cidades italianas como Roma, Calca ou Florencia já ficam muito poucas licenças ativas, o movimento de Palermo poderia marcar um precedente e animar a outros municípios, não só em Itália, a tomar medidas similares. A Fundação para o Assessoramento e Acção em Defesa dos Animais (FAADA), por exemplo, tem expressado sua esperança de que esta iniciativa se estenda por mais países, recordando que os cavalos não são médios de transporte, senão seres vivos que merecem viver livres.