SEPE: a pensão alimentar não contará como renda ao pedir o desemprego

A vice-presidenta segunda e ministra de Trabalho, Yolanda Díaz, anuncia que empreenderá uma reforma legislativa para eliminar a penalização por cobrar ambas ajudas

La vicepresidenta segunda y ministra de Trabajo y Economía Social, Yolanda Díaz   EP (1)
La vicepresidenta segunda y ministra de Trabajo y Economía Social, Yolanda Díaz EP (1)

A vice-presidenta segunda e ministra de Trabalho, Yolanda Díaz, tem anunciado nesta terça-feira que o Governo promoverá uma nova modificação legislativa. O objectivo é que a pensão de alimentos não conte como rendimento da unidade familiar ao solicitar o subsídio por desemprego.

Díaz tem avançado esta medida durante sua intervenção no Pleno do Senado, em resposta a uma interpelación da senadora do PP, Pomba Gómez, sobre a situação nos escritórios do Serviço Público de Emprego Estatal (SEPE).

Uma pensão que não deve afectar ao desemprego

Com esta reforma, o Ministério de Trabalho procura evitar que a pensão alimentar reduza a quantia ou impeça o acesso à prestação por desemprego. Actualmente, este rendimento inclui-se no cómputo total da unidade familiar, o que pode diminuir ou inclusive anular a ajuda.

Una oficina del SEPE en Madrid / EP
Um escritório do SEPE em Madri / EP

A titular de Trabalho tem instado ao Partido Popular a apoiar a modificação legislativa para corrigir esta discriminação.

Colapso no SEPE

Durante o debate, a senadora do PP tem denunciado o colapso dos escritórios do SEPE. Tem sublinhado a redução de 14,91% nas plantilla entre 2018 e 2022 (855 trabalhadores menos), os problemas com cita-a prévia e as falhas do aplicativo ALMA, desenvolvida com um custo de 20 milhões de euros.

No entanto, a ministra de Trabalho tem negado esta saturação no SEPE. Tem sublinhado que o Executivo tem implementado a taxa de cobertura de protecção social no 82,5%, tem subido o subsídio por desemprego e tem conseguido um superávit a mais de 17.000 milhões de euros no organismo público.

Venda de citas nos escritórios de emprego

A ministra também se referiu à denúncia sobre a venda de citas prévias nos escritórios de emprego. Segundo um artigo de ABC citado pela senadora popular, algumas pessoas cobravam entre 15 e 35 euros por conseguir uma cita.

Díaz assegurou que o Governo já tem actuado e que há pessoas detidas por estas práticas. "Igual que o ministro do Interior, efectivamente fazemos nosso trabalho. E gostaria que, se de você conhece uma situação semelhante, faça o mesmo que temos feito nós", concluiu a ministra.