O IPC repunta ao 2,3% em junho e estes são os produtos que mais sobem e baixam de preço
O Índice de Preços de Consumo sobe uma décima mais do esperado, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE)

O Índice de Preços de Consumo (IPC) elevou três décimas sua taxa interanual em junho, até o 2,3%, devido, principalmente, ao aumento dos preços de gasolinas, gás, carne, pescado e marisco, segundo os dados definitivos publicados nesta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Cabe recordar que a cifra não coincide com a avançada no final do mês passado por Estatística, que esperava um incremento menor do IPC geral, de duas décimas, até uma taxa interanual de 2,2%.
A inflação volta a subir
Com o repunte do IPC interanual no sexto mês do ano até o 2,3%, a inflação volta às ascensões após ter encadeado três meses de descensos em sua taxa interanual.
Em qualquer caso, desde o Ministério de Economia, Comércio e Empresa têm destacado que com este dado se confirma a tendência à estabilização da inflação em torno do 2%, nível de referência para o Banco Central Europeu.
Os produtos que sobem de preço
Segundo os experientes, a evolução da inflação no sexto mês do ano é devida, principalmente, ao aumento dos preços dos combustíveis, em linha com o encarecimiento do petróleo nos mercados internacionais, e do gás, em frente à baixada que registaram em junho do ano passado. Mais especificamente, o INE assinala que o grupo de transporte aumentou 1,2 pontos, até o -0,8%. Este comportamento deveu-se à subida dos preços dos combustíveis e lubrificantes para veículos pessoais.
Por sua vez, em moradia registou-se uma taxa anual de 4,2%, mais quatro décimas, como os preços do gás e, em menor medida, dos combustíveis líquidos aumentaram, em frente à baixada em junho do ano anterior.
Os supermercados se encarecen
Os alimentos e bebidas não alcohólicas situaram sua variação anual no 2,8%, a cifra mais alta desde julho de 2024, depois de se elevar três décimas acima da do mês passado.
Este comportamento deveu-se, principalmente, ao descenso dos preços dos legumes e hortaliças, menor que o do mesmo mês de 2024, e ao aumento dos preços da carne e do pescado e marisco.
A baixada do azeite de oliva
Em sentido contrário, o Ministério destaca a redução do preço do azeite de oliva, que acumula um descenso de 48% desde o bico atingido em abril de 2024 e se situa em níveis de faz mais de dois anos, bem como a desaceleración dos serviços de alojamento e a queda da contribuição dos pacotes turísticos.
Os dados de Estatística refletem que o preço do azeite de oliva baixou outro 5,8% entre junho e maio de 2025. Em comparação interanual, caiu um 45,7%, seu maior descenso na série do IPC, mas desde janeiro 2021, o aumento acumulado de seu preço é de 58,1%.
A postura do Governo de Espanha
"Espanha continua com uma situação de estabilidade e moderación de preços que, junto aos aumentos salariais, permite que os lares seguam ganhando poder adquisitivo, conjugándose com umas perspectivas de crescimento económico acima das principais economias européias", tem assinalado o Departamento que dirige Carlos Corpo.
Com tudo, Estatística indica que na primeira metade de 2025, os preços têm subido um 2% em Espanha. Hotéis, cafés e restaurantes são 'responsáveis' de 0,6 pontos deste aumento; alimentos e bebidas não alcohólicas, a mais de 0,4 pontos e a moradia (não inclui compra), de outros 0,4 pontos.
Por comunidades
O IPC registou taxas anuais positivas em todas as comunidades autónomas em junho. Baleares e País Basco apresentaram as taxas mais elevadas (2,8% ambas). Seguem-lhe, com taxas superiores à média nacional, Extremadura (2,7%), Comunidade Valenciana (2,6%), Ceuta (2,6%), Aragón (2,5%), Astúrias (2,5%), Andaluzia (2,4%) e Navarra (2,4%). Por sua vez, as taxas de IPC geral de Cantabria, Castilla e León e Comunidade de Madri coincidem com a média nacional (2,3%).
No lado contrário, Região de Múrcia e Canárias registam as taxas mais baixas (1,7% em ambos casos), seguidas dA Rioja (1,9%), Galiza (2%), Cataluña (2%), Melilla (2,1%) e Castilla-A Mancha (2,1%)