Assim é o primeiro dispositivo de Samsung que combina IA e experiência inmersiva: "É o futuro"
Descobre as novas gafas Galaxy XR com as que Samsung pretende revolucionar o mundo dos complementos com inteligência artificial e, de passagem, desafiar a Apple

Samsung tem apresentado oficialmente seu primeiro dispositivo de realidade estendida, as Galaxy XR. Uma aposta que combina imersão digital, conectividade avançada e assistência mediante inteligência artificial. Com este lançamento, a companhia surcoreana abre uma nova categoria dentro de seu ecossistema Galaxy, marcada pelo lema de "ver, escutar e entender como o utente".
As novas gafas de realidade estendida de Samsung
A diferença de outros capacetes de realidade mista, as novas gafas de Samsung incorporam processamento cognitivo mediante Gemini, o modelo de IA desenvolvido por Google e integrado directamente na plataforma Android XR, uma versão adaptada do sistema operativo móvel. Isto permite que as Galaxy XR actuem não só como um dispositivo de visualização, sina como um assistente autónomo, capaz de se antecipar e ajudar em tarefas diárias.

Desde Samsung explicam que o visor "não só executa ordens", sina que funciona como um colega de inteligência artificial, entendendo o contexto e oferecendo soluções proactivas. Esta integração situa ao dispositivo um passo por adiante da concorrência, onde Apple Vision Pró ainda depende mais do controle manual e a voz através de Siri.
Desenho ligeiro e orientado à comodidade
Quanto a seu desenho, as Galaxy XR mantêm uma estética minimalista e futurista, claramente inspirada na linha de produtos premium da companhia. Sua estrutura procura equilibrar ergonomía, resistência e ligereza, com um peso de mal 545 gramas, algo menos que as Apple Vision Pró.
Samsung tem destacado o uso de materiais avançados que melhoram a ventilación e reduzem a fadiga depois de longas sessões de uso. Ademais, incluem um protetor de luz desmontable, pensado para quem desejam uma experiência de imersão total ao bloquear por completo a iluminação exterior. A bateria oferece uma autonomia de duas horas em uso intensivo, ainda que pode seguir funcionando enquanto carrega-se mediante cabo. Uma decisão prática que amplia as possibilidades de emprego em meios profissionais ou domésticos.
Que se pode fazer com as Galaxy XR?
As possibilidades do dispositivo são amplas. Por exemplo, o utente pode navegar por Google Maps em modo inmersivo, com Gemini como guia que oferece rotas personalizadas e recomendações locais. Também pode reproduzir vídeos de YouTube ou explorar informação contextual enquanto os visualiza, criando assim uma nova forma de aprender e consumir conteúdo multimédia.
Outra de suas funções destacadas é a capacidade de converter qualquer espaço numa sala de cinema virtual, projectando o conteúdo de plataformas de streaming num ecrã flutuante ajustable ao tamanho e a distância que prefira o utente. Ademais, os jogos e experiências desportivas aproveitam os sensores de movimento e a visão espacial para conseguir uma interacção mais realista. Pelo momento, Samsung tem anunciado que as Galaxy XR estarão disponíveis inicialmente em Estados Unidos e Coreia do Sur à friolera de 1.799,99 dólares (ao redor de 1.549 euros), com 16 GB de RAM e 256 GB de armazenamento interno.
Meta e sua aposta pelas gafas com IA
Enquanto Samsung entra na carreira da realidade estendida com uma estratégia centrada na inteligência artificial, Mark Zuckerberg continua defendendo sua visão de um futuro dominado pelas gafas inteligentes com IA integrada.
Durante a apresentação de resultados do segundo trimestre, o CEO de Meta assegurou que "quem não utilizem gafas potenciadas por IA estarão em desvantagem em frente a quem sim o façam". Segundo sua visão, estes dispositivos converter-se-ão na forma mais natural de interatuar com a tecnologia, ao permitir que a IA perceba o meio do utente e se comunique com ele em tempo real.
Ray-Ban Meta: Que é o que fazem as gafas de Mark Zuckerberg?
O exemplo mais recente são as Ray-Ban Meta, umas gafas que combinam desenho clássico com funções tecnológicas como captura de fotos, gravação de vídeo, reprodução de música e acesso direto a Meta AI, o assistente de inteligência artificial da companhia.

Por trás deste desenvolvimento encontra-se Reality Labs, a divisão de Meta dedicada a realidade aumentada e virtual. Apesar de acumular perdas superiores aos 70.000 milhões de dólares desde 2020, Zuckerberg considera que se trata de um investimento em longo prazo para fundir os mundos físico e digital.
Uma nova batalha tecnológica
O lançamento das Galaxy XR marca o início de uma nova etapa na concorrência entre Samsung, Apple e Meta por dominar o mercado dos visores inmersivos. Diferencia-a chave parece estar na integração de inteligência artificial nativa, um terreno no que Samsung e Google têm tomado vantagem em frente à proposta mais fechada de Apple.
Se as predições de Zuckerberg e os planos de Samsung cumprem-se, as gafas inteligentes poderiam converter-se no próximo grande salto tecnológico, substituindo progressivamente aos smartphones como dispositivo principal de interacção com a informação. Por agora, o único claro é que o futuro da realidade estendida já não se mede só pela resolução ou o desenho, sina pela capacidade de pensar, interpretar e acompanhar ao utente em seu dia a dia. E nesse terreno, as Galaxy XR acabam de dar o primeiro passo.